Finis culpae
* Por Solfieri de Albuquerque
Ah! Quem foi que morreu que o Sino tanto chora
Gemendo pelo espaço o pranto da agonia?
Que profundo pesar nesse mistério mora
Derramando-me n'alma o luar da nostalgia?
Talvez um coração de criança em plena aurora,
Talvez um coração de noiva em claro dia,
Talvez um coração senil na exícia hora,
Talvez um coração devasso em plena orgia,
Ah ! mas fosse qual fosse a existência colhida;
Fosse à criança, à noiva, ao mísero roubada
Foi um túmulo aberto - aberta uma ferida!
E é no teu seio, ó terra, em comunhão com a poeira
Que nós vamos deixar a ultima risada
Na trágica expressão da tábida caveira!
• Poeta e escritor
quinta-feira, 16 de agosto de 2012
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário