Ciume
* Por
Flora Figueiredo
O
Inverno açoita lá fora.
É
hora de acender o lume
e
te dar meu colo, como de costume.
Deita
teu sonho e enche tua taça,
porque
a noite cansa, a estrela passa,
e
a lua se apaga, morta de ciume.
*
Poetisa,
cronista, compositora e tradutora, autora de “O trem que traz a
noite”, “Chão de vento”, “Calçada de verão”, “Limão
Rosa”, “Amor a céu aberto” e “Florescência”; rima, ritmo
e bom-humor são características da sua poesia. Deixa evidente sua
intimidade com o mundo, abraçando o cotidiano com vitalidade e graça
- às vezes romântica, às vezes irreverente e turbulenta. Sempre
dentro de uma linguagem concisa e simples, plena de sutileza verbal,
seus poemas são como um mergulho profundo nas águas da vida.
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