quarta-feira, 22 de março de 2017

Insenda


* Por Jean Lacerda


Perder-me em mim, é como
embriagar-me de um novo céu
Na rotina que carrego,
isto parece enobrecedor
Descobrir um novo mundo
do qual sou possuidor,
Além de gratificante é desafiador,
sufocante e as vezes causa pavor,
delirante; que as vezes leva-me ao torpor.
Bendita consciência,
usa-te de toda tua sapiência,
leva-me para o caminho de benevolência
e do amor, onde a treva que perdura,
amanhã será minha cura
e me fará evoluir...

Solidão que apavora,
agora, que bem sois eu
Serás um delírio meu
ou serei eu um delírio teu?
Tua voz ressoa enfim,
quando estou perdido em mim,
saboreio do seu agrado,
que em troca as vezes afago,
com o tamanho da sua escuridão,
noutra a luz mais bela do mundo,
que nós sabemos que lá fundo,
carregamos dessa benção,
somos o universo em vida
consciência vívida,
dádiva de nossa raça,
que parece viver sem jeito,
comporta e suporta tanta desgraça,
traçam o fim desde o seu leito.

Capitalismo?
Burguesia?
Feudalismo?
Freguesia?
Idade antiga, média, moderna?
O estado e a pena eterna
A idade contemporânea,
socialismo, anarquismo,
dogmatismo e encarceramento;
ainda não houve um só momento,
onde a consciência foi pura,
livre e libertadora.
Vai entender esse mundo dos homens,
todos embriagados, cada qual a sua maneira...


* Poeta

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