Confissões de um assassino
*
Por Fábio de Lima
Noite
Venta
na praia
Meu
coração está frio
Meu
cabelo esvoaçado
Silêncio
Areia
úmida
Meus
lábios ressecados
Minhas
mãos geladas
Chuva
Água
por toda parte
Meus
olhos marejados
Minha
roupa encharcada
Razão
Um
crime sem motivo
Minha
boca cheira à aguardente
Minha
consciência apenas fede
Pesadelo
Lembro
o acidente
Minhas
idéias estão confusas
Meu
sangue mistura-se à água
Culpa
O
som ensurdecedor
Meu
dedo no gatilho
Meu
braço enrijecido no ar
Justiça
O
mesmo movimento
Minha
mão direita apontada para o meu rosto
Meu
dedo indicador puxando um gatilho torto
Tempo
O
relógio pára
Minha
alma dói
Meu
corpo também morre.
(*)
Jornalista e escritor ou “contador de histórias”, como prefere
ser chamado. É Diretor de Programação da CINETVNET
(www.cinetvnet.com.br), TV pela internet. Está escrevendo seu
primeiro romance, DOCE DESESPERO.
Nenhum comentário:
Postar um comentário