sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

O que me resta


* Por Péricles Prade


Resta-me o tambor.
Aonde foram parar
os outros instrumentos?

Se no couro bato,
bato até doer
o que nos dedos resta.

E agora, Senhor,
por que diante do altar
ainda minto?

* Poeta, contista, ensaísta, crítico literário e de artes plásticas catarinense, autor dos livros “Este interior de serpentes alegres”, “Sereia e castiças”, “Nos limites do fogo”, “Os faróis invisíveis”, “Jaula amorosa”, “Pequeno tratado poético das asas” e “Além dos símbolos”, entre outros.


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