* Por Eduardo Oliveira Freire
CERTA VEZ
Um Sonho-gigante me levou para seu país selvagem. Vi tanta coisa maravilhosa, que foi duro tomar a decisão de pular para o abismo da vida.
@@@
DELÍRIO CÍCLICO DE VERÃO
Estou doido, falo uma língua que não entendo. Será que serei esmagado? Sou uma barata voadora na parede.
@@@
HÓSPEDE
Quando estava cansado de ficar num corpo, ia para o outro. Não era um parasita, mas hóspede. Ajudava até o dono do corpo em que estava através de pensamentos e sonhos. Pulava de corpo em corpo, vivenciando histórias que não eram suas.
@@@
- CALA A BOCA
Não quero saber de sua verade, não arrote sua soberba em cima de mim. Vou pegar a estrada. Vejo a montanha, ela me chama. Não aguento ficar aqui, sinto-me enclausurado. Encontre outro aluno. Desejo sentir novamente a água gelada da cachoeira e seu canto. Observar a dança do vento com a vegetação. Não quero saber de sua verdade, seu nariz empinado me inspira ideias assassinas. Vou embora! Sofia vem comigo, ela sempre me quis, desde o dia em que eu a encontrei andando de bicicleta. Vejo a montanha sempre tive curiosidade de escalá-la. Será que encontrarei duendes e fadas? Há uma lenda de que um poeta apaixonou-se por uma fada, subiu a montanha e ninguém mais o encontrou. Será que Sofia é uma fada? Ela nunca soube quem foi sua mãe, o pai nunca lhe disse nada. Cale a boca! Não quero saber de sua verdade...
* Eduardo Oliveira Freire é formado em Ciências Sociais pela Universidade Federal Fluminense, com Pós Graduação em Jornalismo Cultural na Estácio de Sá e é aspirante a escritor
As pílulas estão ficando a cada dia mais complexas.
ResponderExcluir