* Por Paulo Bertran
Me envelheço pela cidade.
E comigo as minhas sociedades.
Não havia este prédio.
Inexistia esta loja,
era outra que havia.
Não conheço ninguém nessas ruas.
Outros que havia se foram há tempos,
Embalsamados de ventos.
O bairro decaiu.
As pessoas mudaram,
nunca mais se viram, nem vi.
Me envelheço esparramado pela cidade.
E comigo minha perplexa contemporaneidade.
• Poeta e historiador goiano, autor do livro “Sertão do campo aberto”, Verano Editora.
Nenhum comentário:
Postar um comentário