domingo, 11 de novembro de 2012

Asa Norte (antiga Asa Morta)

* Por Paulo Bertran

Me envelheço pela cidade.
E comigo as minhas sociedades.
Não havia este prédio.
Inexistia esta loja,
era outra que havia.

Não conheço ninguém nessas ruas.
Outros que havia se foram há tempos,
Embalsamados de ventos.

O bairro decaiu.
As pessoas mudaram,
nunca mais se viram, nem vi.

Me envelheço esparramado pela cidade.
E comigo minha perplexa contemporaneidade.

• Poeta e historiador goiano, autor do livro “Sertão do campo aberto”, Verano Editora.

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