De
tocaia
* Por
Eduardo Oliveira Freire
Está
tão absorto num filme de suspense que se esqueceu de trancar as
portas. Um desconhecido entra e o espreita, segurando uma faca. Mas,
o vizinho viu alguém a entrar na sua casa e pega a arma...
Quem
escreve esta narrativa fica tão compenetrado que não percebe alguém
entrar no recinto. Quando está prestes a atacá-lo, uma naja
surge e o pica. O dono da casa, além de ser escritor, gosta de criar
cobras venenosas.
“Não
adianta, estou sem inspiração. Vou apagar esta porra e dormir. Mas,
ainda sinto que tem alguém na casa a me observar... Tomara que a
noite acabe bem, apesar de sentir um peso no peito e pensar em
Helena.”
“Quem
ele pensa que é para me descartar? A última coisa que verá será
meu rosto gozando ao vê-lo morrer. Daria uma cena maravilhosa para o
seu livro, não? Sempre foi um escritor medíocre”.
*
Formado em Ciências Sociais, especialização em Jornalismo cultural
e aspirante a escritor - http://cronicas-ideias.blogspot.com.br/
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