Desalinho
* Por Verônica Aroucha
Ele fez um poço
Colocou nuvens sem formas,
Boneco de lata e um cinturão
A menina havia colhido flores primaveris
Tirou os espinhos
Ajeitou os caules
E fez uma manta perfumada para ele passar
Desenhou o nome amor no seu corpo
Com o sangue que escorria da árvore
Que havia sido preparada por ele
Para crucificá-la
A menina acordou
E bailava livre:
Jamais fora assassina de almas.
• Poetisa
quarta-feira, 2 de janeiro de 2013
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