Despertando
com o amor
* Por
Evelyne Furtado
Acordo e não há muito
tempo para pensar. Tenho um compromisso urgente: você. Não sou bonita de manhã,
mas você terá que me ver assim. É melhor continuar me achando linda, ou mentir,
mas não me desagrade, por favor.
Corro ao seu encontro
e, ao vê-lo, o dia começa para mim. Até então eu sonhava que iríamos nos ver.
Acordo em tua boca. Desperto em teus braços. Vivo e morro em você. Mais de uma
vez. E te amo em todas elas.
Amo você nos intervalos
também. Amo quando miro o mel de seus olhos, amo-o quando você canta para mim e
morro outra vez quando você diz me amar.
Perco o senso. Aliás,
nós nos perdemos ali e nos achamos no outro. Somosd, os dois, um.
Lá fora, a vida segue
seu rumo; aqui, o tempo é nosso e atende nosso apelo, dando-nos momentos sem fim.
O centro de nossas vidas é aqui, a realidade é aqui.
As pessoas que correm
para um lugar qualquer o executivo que faz do trabalho seu mundo, a maldade que
aflige os inocentes, o desamor, asd reuniões intermináveis, nada disso existe
para nós. São vidas paralelas, pois o âmago dos nossos mundos é aqui, de onde
sairemos mais felizes para sonharmos com o próximo despertar.
* Poetisa
e cronista de Natal/RN
O amor afasta a sanidade, nos tornando um pouco bobos. Difícil falar deste estado de idiotia sem cair no meloso. Saiu-se bem, Evelyne. Ler isso tem cheiro de revelação e parece que o poeta falade si, talvez não seja o caso, mas não pensamos assim.
ResponderExcluirDestaco: "Desperto em teus braços. Vivo e morro em você. Mais de uma vez. E te amo em todas elas."
Muito bonito!