

Torcida, nós temos!
* Por Clóvis Campêlo
Pelas circunstâncias da partida, juro que quando acabou o primeiro tempo da peleja entre Santa Cruz e Guarany de Sobral, pensei que estava assistindo ao jogo do século.
O Santinha começou o jogo lerdo, sonolento, pesadão. Parecia que o time havia comido uma feijoada antes de entrar em campo. Duas bobeiras da zaga e dois gols do Guarany.
Nos vinte minutos finais, a equipe despertou, impôs um ritmo alucinante de jogo e virou para 3x2. No começo do segundo tempo, mais um gol para nós. Um golaço de Jackson, mostrando que ele ainda tem lampejos do grande craque que foi. O placar de 4x2 parecia nos mostrar o caminho da goleada, da consumação de uma grande vitória para o jogo da volta.
Mas, não foi assim. O time voltou a ficar lerdo e permitiu que o Guarany chegasse ao terceiro gol, complicando a nossa situação no jogo da volta. No final, torcíamos pelo encerramento do jogo, temendo o empate que não aconteceu por muito pouco.
O time voltou a apresentar oscilações muito grandes dentro de uma mesma partida. Em determinados momentos, supera-se e encanta. Em outros, mostra-se bisonho e previsível.
Espetáculo mesmo quem fez foi a torcida coral. Mais de cinqüenta mil pessoas em campo empurrando o time pra frente, vibrando e sofrendo com ele. Após o nosso terceiro gol, ao meu lado um, vi um rapaz e uma jovem senhora caírem no choro, extravasando a emoção. Muitos torcedores foram atendidos pelo Corpo de Bombeiros e pelas ambulâncias presentes ao estádio, por conta da intensa dramaticidade da partida. Parecia uma decisão de copa do mundo.
Se Sobral tem 150 mil habitantes, colocamos no Estádio do Arruda, um terço da população da cidade cearense. Lembrei que em 1950, no jogo final da Copa do Mundo, no Rio de Janeiro, as 200 mil pessoas presentes ao Maracanã correspondiam a 10% da população da Cidade Maravilhosa, então com 2 milhões de habitantes. Em termos proporcionais, no Arruda, superamos essa marca da seleção brasileira e ainda vencemos o jogo.
• Poeta, jornalista e radialista do Recife/PE
Pelas circunstâncias da partida, juro que quando acabou o primeiro tempo da peleja entre Santa Cruz e Guarany de Sobral, pensei que estava assistindo ao jogo do século.
O Santinha começou o jogo lerdo, sonolento, pesadão. Parecia que o time havia comido uma feijoada antes de entrar em campo. Duas bobeiras da zaga e dois gols do Guarany.
Nos vinte minutos finais, a equipe despertou, impôs um ritmo alucinante de jogo e virou para 3x2. No começo do segundo tempo, mais um gol para nós. Um golaço de Jackson, mostrando que ele ainda tem lampejos do grande craque que foi. O placar de 4x2 parecia nos mostrar o caminho da goleada, da consumação de uma grande vitória para o jogo da volta.
Mas, não foi assim. O time voltou a ficar lerdo e permitiu que o Guarany chegasse ao terceiro gol, complicando a nossa situação no jogo da volta. No final, torcíamos pelo encerramento do jogo, temendo o empate que não aconteceu por muito pouco.
O time voltou a apresentar oscilações muito grandes dentro de uma mesma partida. Em determinados momentos, supera-se e encanta. Em outros, mostra-se bisonho e previsível.
Espetáculo mesmo quem fez foi a torcida coral. Mais de cinqüenta mil pessoas em campo empurrando o time pra frente, vibrando e sofrendo com ele. Após o nosso terceiro gol, ao meu lado um, vi um rapaz e uma jovem senhora caírem no choro, extravasando a emoção. Muitos torcedores foram atendidos pelo Corpo de Bombeiros e pelas ambulâncias presentes ao estádio, por conta da intensa dramaticidade da partida. Parecia uma decisão de copa do mundo.
Se Sobral tem 150 mil habitantes, colocamos no Estádio do Arruda, um terço da população da cidade cearense. Lembrei que em 1950, no jogo final da Copa do Mundo, no Rio de Janeiro, as 200 mil pessoas presentes ao Maracanã correspondiam a 10% da população da Cidade Maravilhosa, então com 2 milhões de habitantes. Em termos proporcionais, no Arruda, superamos essa marca da seleção brasileira e ainda vencemos o jogo.
• Poeta, jornalista e radialista do Recife/PE
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