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Emaranhado
* Por Evelyne Furtado
* Por Evelyne Furtado
Os vários e urgentes estímulos que me chegam de toda parte promovem uma tal confusão que perco o fio da meada nessa época em que os fios não estão sempre visíveis.
É necessário ter foco, mas como escolher em que focar diante de tantos apelos?
A seleção já foi mais fácil. O mundo nos oferecia aos poucos seus temas. A vida nos fazia uma solicitação por vez.
As verdades demoravam mais para não mais verdades serem, dando-nos tempo para aceitarmos o que se estabelecia na ocasião como definitivo.
Na pressa em vivermos, agarramos o presente sem termos sequer resolvido conflitos do passado que retornam à baila concretamente ou misturados às novidades.
É ordem do dia o julgamento rápido. Negamos ou aceitamos na hora que nos apresentam um novo fato. Absolvemos e condenamos alguém mais rapidamente ainda.
A vida no início do século XXI é um mistério a ser desvendado no futuro. Estamos envolvidos demais para compreendê-la nesse exato momento. Falta-nos isenção e tempo para pensá-la.
Porém é preciso andar ainda que me ocorra de vez em quando uma sensação de ando aos tropeços.
Estou tentando descobrir em que pontos meus fios estão presos, para soltá-los ou uni-los, de forma a dar fluidez a vida e entender pelo menos parte desse misterioso novelo.
• Poetisa e cronista de Natal/RN
É necessário ter foco, mas como escolher em que focar diante de tantos apelos?
A seleção já foi mais fácil. O mundo nos oferecia aos poucos seus temas. A vida nos fazia uma solicitação por vez.
As verdades demoravam mais para não mais verdades serem, dando-nos tempo para aceitarmos o que se estabelecia na ocasião como definitivo.
Na pressa em vivermos, agarramos o presente sem termos sequer resolvido conflitos do passado que retornam à baila concretamente ou misturados às novidades.
É ordem do dia o julgamento rápido. Negamos ou aceitamos na hora que nos apresentam um novo fato. Absolvemos e condenamos alguém mais rapidamente ainda.
A vida no início do século XXI é um mistério a ser desvendado no futuro. Estamos envolvidos demais para compreendê-la nesse exato momento. Falta-nos isenção e tempo para pensá-la.
Porém é preciso andar ainda que me ocorra de vez em quando uma sensação de ando aos tropeços.
Estou tentando descobrir em que pontos meus fios estão presos, para soltá-los ou uni-los, de forma a dar fluidez a vida e entender pelo menos parte desse misterioso novelo.
• Poetisa e cronista de Natal/RN
vida, novelo de lã que tecemos nossos dias... que sejam sem nós, e que eles surgirem que tenhamos uma ponta de agulha e paciência para desatá-los. adorei lê-la!
ResponderExcluirAliene
Onde é que eu assino, Evelyne? Suas palavras são exatamente as minhas. O engraçado é que antes tudo levava um tempo enorme pra ser feito, e aind assim sobrava tanto tempo que não sabíamos o que fazer dele. O que será que aconteceu, heim?? Um beijo e parabéns pelo texto.
ResponderExcluirEmaranhados diários...quando achamos um fio
ResponderExcluiraqui, perdemos outro ali.
Acho que a palavra chave, como Aliene disse, é a
paciência e menos ansiedade.
Abraços
De todas as colocações achei que a mais sensata é a que se refere a nossa rapidez de julgamento e necessidade de decisões instantâneas. A pressa nos obriga a ter quase duas certezas ao mesmo tempo. O mundo é apressado, assim como a nossa superficialidade. A primeira impressão não fica, pois já há uma segunda e ainda uma terceira. Parece ser normal, mas por qual motivo nos doem tanto as costas?
ResponderExcluirObrigada Aliene, Marcelo, Núbia e Mara! Beijos
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