

Garanto que sou “inxingável”
* Por Seu Pedro
Posso garantir que estou “inxingável”. Não se assustem, pois depois que o ministro Magri acrescentou nos dicionários o “imexível”, aquele que disse que cachorro é gente, espero que ninguém mexa em minha nova palavra, pois ela tem sua razão de ser.
Explico; Não me importa que algum abusado me chame de feio, barrigudo (o que estou deixando de ser), ou ainda insinue que sou corno, pois tenho certeza absoluta que não sou. Alguém que queira mexer comigo, de alguma outra maneira, eu ouço, analiso e não respondo. Assim com não me movo a revidar. Além de “inxingável”, também estou “imexível”.Mas outro dia senti-me gravemente ofendido. Não porque a referência também me atingisse, mas porque foi uma afronta a todos os idosos que ouviram um locutor intempestivo falar sobre a idade de um candidato oposto ao que ele defendia, alegando que velho tem que descansar, e usando outros termos pejorativos.
Senti-me ofendido naquele momento não só por mim, mas por tantos idosos que, ao ouvirem a tais tagarelices, poderiam perder um pouco de auto-estima. Eu, por mim, só não me chamem de ateu, pois minha confiança em Deus faz com que tudo o que digam de mim, se não for verdade, se entregue na bacia das almas. Se forem verdades, serão verdades. E por que, então, me sentiria ofendido pelas verdades que de mim disserem?De tempos para cá, quando larguei de pensar infantil, reflito duas ou três vezes antes de ofender alguém, principalmente via microfones de rádios, pois estes não são como as páginas de jornal impresso, que oferecem a liberdade de revisão. Até porque, por tabela, posso estar ofendendo a algum terceiro. Se o fizer, foi proposital, tal como o ex-presidente Jânio Quadros afirmava; "Filo por que quilo!" E ai minhas palavras pesarão arrobas, e não quilos de cesta básica de político, cujos quilos pesam novecentos gramas.
O meu ego se orgulha disto: comigo é oito ou oitenta! Mas prefiro ficar nos oito. Tenho medo de ofender, embora já tenha sido induzido a erros, como ocorreu recentemente, mas em tempo de consertá-los. Errar é humano. Desumano é não se arrepender.
O cidadão se torna “inxingável” quando se vê superior a alguma boca-louca, quando aceita e faz criticas fundamentadas, quando tem capacidade de absorver um perdão para o crítico. O mundo seria melhor se as pessoas, antes de falar, parassem para pensar. Mas, infelizmente, só entramos na oficina para retificar nossas vidas após termos percorrido muitas estradas esburacadas e desvios que não nos levam a lugar nenhum.
Também depois da lataria amassada é que o homem vê que as rugas do tempo, em suas faces, são uma espécie de escrita, em que Deus, através da natureza, esculpiu as nossas iras, irritações e desejos de vingança. O tempo nos adverte para olhar o presente com otimismo e alegria. Só assim estaremos preparados para o momento mais certo da vida: a morte!
(*) Seu Pedro é o jornalista Pedro Diedrichs, editor do jornal Vanguarda, de Guanambi, Bahia.
* Por Seu Pedro
Posso garantir que estou “inxingável”. Não se assustem, pois depois que o ministro Magri acrescentou nos dicionários o “imexível”, aquele que disse que cachorro é gente, espero que ninguém mexa em minha nova palavra, pois ela tem sua razão de ser.
Explico; Não me importa que algum abusado me chame de feio, barrigudo (o que estou deixando de ser), ou ainda insinue que sou corno, pois tenho certeza absoluta que não sou. Alguém que queira mexer comigo, de alguma outra maneira, eu ouço, analiso e não respondo. Assim com não me movo a revidar. Além de “inxingável”, também estou “imexível”.Mas outro dia senti-me gravemente ofendido. Não porque a referência também me atingisse, mas porque foi uma afronta a todos os idosos que ouviram um locutor intempestivo falar sobre a idade de um candidato oposto ao que ele defendia, alegando que velho tem que descansar, e usando outros termos pejorativos.
Senti-me ofendido naquele momento não só por mim, mas por tantos idosos que, ao ouvirem a tais tagarelices, poderiam perder um pouco de auto-estima. Eu, por mim, só não me chamem de ateu, pois minha confiança em Deus faz com que tudo o que digam de mim, se não for verdade, se entregue na bacia das almas. Se forem verdades, serão verdades. E por que, então, me sentiria ofendido pelas verdades que de mim disserem?De tempos para cá, quando larguei de pensar infantil, reflito duas ou três vezes antes de ofender alguém, principalmente via microfones de rádios, pois estes não são como as páginas de jornal impresso, que oferecem a liberdade de revisão. Até porque, por tabela, posso estar ofendendo a algum terceiro. Se o fizer, foi proposital, tal como o ex-presidente Jânio Quadros afirmava; "Filo por que quilo!" E ai minhas palavras pesarão arrobas, e não quilos de cesta básica de político, cujos quilos pesam novecentos gramas.
O meu ego se orgulha disto: comigo é oito ou oitenta! Mas prefiro ficar nos oito. Tenho medo de ofender, embora já tenha sido induzido a erros, como ocorreu recentemente, mas em tempo de consertá-los. Errar é humano. Desumano é não se arrepender.
O cidadão se torna “inxingável” quando se vê superior a alguma boca-louca, quando aceita e faz criticas fundamentadas, quando tem capacidade de absorver um perdão para o crítico. O mundo seria melhor se as pessoas, antes de falar, parassem para pensar. Mas, infelizmente, só entramos na oficina para retificar nossas vidas após termos percorrido muitas estradas esburacadas e desvios que não nos levam a lugar nenhum.
Também depois da lataria amassada é que o homem vê que as rugas do tempo, em suas faces, são uma espécie de escrita, em que Deus, através da natureza, esculpiu as nossas iras, irritações e desejos de vingança. O tempo nos adverte para olhar o presente com otimismo e alegria. Só assim estaremos preparados para o momento mais certo da vida: a morte!
(*) Seu Pedro é o jornalista Pedro Diedrichs, editor do jornal Vanguarda, de Guanambi, Bahia.
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