sábado, 15 de agosto de 2009


Dentro

* Por Giordano Zaguini Furtado

Sufocante, escuro e pesado
Minha alma carece de paz.
Mantê-la em lugar arejado,
Meu corpo úmido não é salubre ao meu ser.

Lateja minha consciência em preocupações nefastas.
Mas..., não se desesperem,
Guardem suas agonias para
Quando as cortinas fecharem.
Ademais, aproveitem o combate dos profanos
Em comissões indecorosas,
Deglutem da seiva da mentira
Conclua idéias aprontadas,
O espetáculo ainda se estenderá.

Oh! Hollywood e Brasília brilham
Diante dos meus olhos como
Um pesadelo de bonecos de cera.
Sei que desta minha vida não acabarei bem,
O destino sempre me apresenta
Situações mesmas que me fazem
Querer separar-me do real.
Não gosto da vida, mas a enfrento
Como o operário, que gostando dela, a enfrenta.

E da sobra da sobra da sobra
Do pouco que chega,
Tento criar algo absurdo na província,
A fim de acordar os sossegados de arte.

* Poeta em Itajaí/SC

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