

Para Eliza
* Por Evelyne Furtado
O assassinato de Eliza Samúdio é um soco no estômago. Não é fácil olharmos a ferida em nossa condição humana. “Somos capazes de tamanha perversão?”, pergunto-me estarrecida diante dos fatos até o momento apurados e que confirmam minha indagação.
Eliza, que parece ter estado em busca do amor, merece no mínimo descansar na paz e para que isso ocorra é preciso que seus algozes sejam julgados e condenados. O caso é sombrio e complexo, mas de uma coisa tenho absoluta certeza: nossa sociedade precisa com urgência rever seus valores.
Nesse momento não tenho o menor medo de ser considerada careta ou piegas. Precisamos recuar em alguns aspectos e avançar em outros, pois tenho a impressão de que estamos sendo incentivados a mascarar carências emocionais através da fama, do dinheiro e do poder efêmero. E vale tudo nessa empreitada.
É hora de promovermos mais o amor que a curtição, Devemos começar uma campanha a favor da benevolência, do fortalecimento dos laços afetivos e do respeito ao outro.
* Por Evelyne Furtado
O assassinato de Eliza Samúdio é um soco no estômago. Não é fácil olharmos a ferida em nossa condição humana. “Somos capazes de tamanha perversão?”, pergunto-me estarrecida diante dos fatos até o momento apurados e que confirmam minha indagação.
Eliza, que parece ter estado em busca do amor, merece no mínimo descansar na paz e para que isso ocorra é preciso que seus algozes sejam julgados e condenados. O caso é sombrio e complexo, mas de uma coisa tenho absoluta certeza: nossa sociedade precisa com urgência rever seus valores.
Nesse momento não tenho o menor medo de ser considerada careta ou piegas. Precisamos recuar em alguns aspectos e avançar em outros, pois tenho a impressão de que estamos sendo incentivados a mascarar carências emocionais através da fama, do dinheiro e do poder efêmero. E vale tudo nessa empreitada.
É hora de promovermos mais o amor que a curtição, Devemos começar uma campanha a favor da benevolência, do fortalecimento dos laços afetivos e do respeito ao outro.
E para que Eliza realmente descanse em paz eu rezo para que o seu filho tenha um destino de mais amor do que o seu.
• Poetisa e cronista de Natal/RN
Diante de tragédias temos facilidade de fazermos julgamentos, inclusive algo desairosas sobre todos os envolvidos, até da morta. Não foram poucas as vezes que ouvi que a vítima procurou pelo ocorrido. Também vejo que um assassinato com tantos envolvidos não tinha nada de crime perfeito. E ainda está longe de mostrar toda a podridão envolvida. A midia já julgou e condenou os supostos culpados e não se cansa de acrescentar ingredientes todos os dias. A maldade humana não tem limites. Nós no meio.
ResponderExcluirVocê tem razão, Evelyne, precisamos cultivar mais os laços afetivos, mas o que noto é que hoje as pessoas que valorizam as amizades, o amor, que sofrem com as separações são consideradas "caretas". Estamos na época do imediatismo, do consumismo. É isso, amiga, mas não vamos desistir, não é?
ResponderExcluirBeijos
Tem toda razão, Evelyne, os valores precisam ser revistos. Tudo anda tão líquido, banal, estamos nos acostumando com a falta de afeto, de respeito, de amor... e o resultado está aí. lamentável. Parabéns pelo texto! Beijos.
ResponderExcluirQue contraste entre o lirismo e a beleza da peça de Beethoven, que o título parodia, e o drama que todos acompanhamos. Parabéns, Evelyne, por este texto que qualquer um, em sã consciência, assinaria embaixo.
ResponderExcluirEndosso as palavras da doutora Mara!
ResponderExcluirAbraços,
Eu demorei para acreditar na versão do delegado, mas tudo leva a crer que é verdadeira.Infelizmente o mundo tem essa parte horrenda. Felizmente é uma parte pequena. Obrigada, amigo. Beijos e muita paz.
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