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Receitas
* Por Alexandre Marino
No início, nada além de caos e fome
e uma rua que jorrava diante da janela.
Trouxeram farinha de trigo, açúcar, ovos,
que mãos remotas entornaram na gamela.
O mundo era um deserto sem destinos,
só um pouco de sal, bicarbonato, canela.
Havia ainda óleo de milho e margarina
para que a história se tornasse eterna.
Avó e tias trabalhavam com esmero
invocando o poder divino das essências
tempero do tempero de tantas iguarias;
O forno exalava calor e esperança,
que na mesa da cozinha se servia
para adoçar os abismos da infância.
* Jornalista e poeta residente em Brasília, onde trabalha na Assessoria de Comunicação Social do Ministério de Educação. Autor dos livros “Poemas por amor”, “Arqueolhar”, “O delírio dos búzios”, “Todas as tempestades” e “Os operários da palavra”.
* Por Alexandre Marino
No início, nada além de caos e fome
e uma rua que jorrava diante da janela.
Trouxeram farinha de trigo, açúcar, ovos,
que mãos remotas entornaram na gamela.
O mundo era um deserto sem destinos,
só um pouco de sal, bicarbonato, canela.
Havia ainda óleo de milho e margarina
para que a história se tornasse eterna.
Avó e tias trabalhavam com esmero
invocando o poder divino das essências
tempero do tempero de tantas iguarias;
O forno exalava calor e esperança,
que na mesa da cozinha se servia
para adoçar os abismos da infância.
* Jornalista e poeta residente em Brasília, onde trabalha na Assessoria de Comunicação Social do Ministério de Educação. Autor dos livros “Poemas por amor”, “Arqueolhar”, “O delírio dos búzios”, “Todas as tempestades” e “Os operários da palavra”.
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