
Feiras do livro
Amigos leitores do Literário, boa tarde.
O escritor, após o lançamento do seu livro, principalmente quando este é feito por alguma das grandes editoras, costuma se acomodar, achando que a tarefa que lhe cabia foi concluída. Engano de quem age assim. De repente, lá um belo dia, assusta-se com o pequeno volume de vendas, quando “pingam”, em sua conta bancária, quantias irrisórias, ou nem isso, referentes a direitos autorais.
Para que um livro se transforme em sucesso comercial, não basta ter qualidade. É preciso todo um esforço de divulgação, um permanente estado de alerta e, sobretudo, ação, muita ação. Há várias estratégias para isso, como promover palestras em escolas e centros culturais, participar de programas de entrevistas na televisão, receber críticas favoráveis publicadas nos raros espaços que a imprensa dedica à literatura e assim por diante.
Uma das ações mais eficazes, todavia, para estimular vendas e, mais do que isso, para preparar terreno para futuros lançamentos, é a participação em feiras de livro. Se forem de caráter internacional, tanto melhor. E se você tiver cacife para participar de alguma das tantas que se realizam no Exterior, melhor ainda.
Você unirá o útil ao agradável. Ou seja, divulgará seu livro para um público mais amplo (apesar da barreira da língua) e, de quebra, poderá fazer turismo. Quem sabe você consiga, até mesmo, interessar alguma editora norte-americana ou européia a bancar a sua obra, providenciando, claro, antes, um tradutor de confiança.
Participei de várias feiras do livro e não tenho do que me queixar. Esses eventos propiciam-lhe, além de um contato direto com o público, a oportunidade de conhecer e de entabular negócios com livreiros de várias partes do País e do Exterior. São eles que poderão determinar o sucesso ou o fracasso da sua obra, daquela que você dedicou tanto tempo e esforço para produzir.
Ademais, essa será preciosa oportunidade de você conhecer seus mais ilustres colegas de letras e trocar com eles, além de informações comerciais, experiências que valem (creiam-me) mais do que anos e anos de teoria literária.
Não esqueça, porém, de visitar as livrarias da cidade em que ocorrer a feira do livro da qual se propõe a participar. Deixe com os proprietários uma certa quantidade de exemplares em consignação. Não se limite a ser expectador do evento. Participe diretamente dele. Agende alguma palestra para o seu decurso. Promova-a. É provável que, dessa forma, consiga, até mesmo, um bom e sempre bem-vindo espaço na imprensa local.
Consulte na internet quais as próximas feiras do livro. Programe-se para participar delas. Reserve um dinheirinho para as despesas. Talvez na primeira você não obtenha os resultados que espera. Não faz mal, não desanime. Persista.
A cada nova participação, você irá adquirindo maior experiência e vislumbrando oportunidades que antes passavam batidas. Além de fazer um precioso trabalho de divulgação, você irá conhecer pessoas, o que, na nossa atividade, não tem preço. Esteja certo de que muitos dos que você vier a conhecer nesses eventos se transformarão, um dia, em personagens de seus contos, novelas e romances.
Tenha sempre em mente que um livro não se esgota em sua conclusão e nem na mera publicação. Sua trajetória só estará completa quando chegar às mãos do seu legítimo destinatário, aquele que poderá consagrá-lo ou derrotá-lo: o leitor.
Não se limite a fazer literatura “romântica”, a da “arte pela arte”, pois isso não o levará a lugar algum. Seja ousado. Confie no seu talento e, sobretudo, valorize-o. Até porque, o sucesso comercial servirá de estímulo para você produzir cada vez mais e melhor.
Quem sabe, algum dia, nos encontraremos em alguma das tantas feiras do livro, para trocarmos experiências e saborearmos, juntos, o doce gostinho do sucesso! Pense nisso!
Boa leitura.
O Editor.
Amigos leitores do Literário, boa tarde.
O escritor, após o lançamento do seu livro, principalmente quando este é feito por alguma das grandes editoras, costuma se acomodar, achando que a tarefa que lhe cabia foi concluída. Engano de quem age assim. De repente, lá um belo dia, assusta-se com o pequeno volume de vendas, quando “pingam”, em sua conta bancária, quantias irrisórias, ou nem isso, referentes a direitos autorais.
Para que um livro se transforme em sucesso comercial, não basta ter qualidade. É preciso todo um esforço de divulgação, um permanente estado de alerta e, sobretudo, ação, muita ação. Há várias estratégias para isso, como promover palestras em escolas e centros culturais, participar de programas de entrevistas na televisão, receber críticas favoráveis publicadas nos raros espaços que a imprensa dedica à literatura e assim por diante.
Uma das ações mais eficazes, todavia, para estimular vendas e, mais do que isso, para preparar terreno para futuros lançamentos, é a participação em feiras de livro. Se forem de caráter internacional, tanto melhor. E se você tiver cacife para participar de alguma das tantas que se realizam no Exterior, melhor ainda.
Você unirá o útil ao agradável. Ou seja, divulgará seu livro para um público mais amplo (apesar da barreira da língua) e, de quebra, poderá fazer turismo. Quem sabe você consiga, até mesmo, interessar alguma editora norte-americana ou européia a bancar a sua obra, providenciando, claro, antes, um tradutor de confiança.
Participei de várias feiras do livro e não tenho do que me queixar. Esses eventos propiciam-lhe, além de um contato direto com o público, a oportunidade de conhecer e de entabular negócios com livreiros de várias partes do País e do Exterior. São eles que poderão determinar o sucesso ou o fracasso da sua obra, daquela que você dedicou tanto tempo e esforço para produzir.
Ademais, essa será preciosa oportunidade de você conhecer seus mais ilustres colegas de letras e trocar com eles, além de informações comerciais, experiências que valem (creiam-me) mais do que anos e anos de teoria literária.
Não esqueça, porém, de visitar as livrarias da cidade em que ocorrer a feira do livro da qual se propõe a participar. Deixe com os proprietários uma certa quantidade de exemplares em consignação. Não se limite a ser expectador do evento. Participe diretamente dele. Agende alguma palestra para o seu decurso. Promova-a. É provável que, dessa forma, consiga, até mesmo, um bom e sempre bem-vindo espaço na imprensa local.
Consulte na internet quais as próximas feiras do livro. Programe-se para participar delas. Reserve um dinheirinho para as despesas. Talvez na primeira você não obtenha os resultados que espera. Não faz mal, não desanime. Persista.
A cada nova participação, você irá adquirindo maior experiência e vislumbrando oportunidades que antes passavam batidas. Além de fazer um precioso trabalho de divulgação, você irá conhecer pessoas, o que, na nossa atividade, não tem preço. Esteja certo de que muitos dos que você vier a conhecer nesses eventos se transformarão, um dia, em personagens de seus contos, novelas e romances.
Tenha sempre em mente que um livro não se esgota em sua conclusão e nem na mera publicação. Sua trajetória só estará completa quando chegar às mãos do seu legítimo destinatário, aquele que poderá consagrá-lo ou derrotá-lo: o leitor.
Não se limite a fazer literatura “romântica”, a da “arte pela arte”, pois isso não o levará a lugar algum. Seja ousado. Confie no seu talento e, sobretudo, valorize-o. Até porque, o sucesso comercial servirá de estímulo para você produzir cada vez mais e melhor.
Quem sabe, algum dia, nos encontraremos em alguma das tantas feiras do livro, para trocarmos experiências e saborearmos, juntos, o doce gostinho do sucesso! Pense nisso!
Boa leitura.
O Editor.
Caro Editor, pelo que entendi, propõe-se aqui a transformação do escritor num homem de negócios, com ótimo feeling de marketing pessoal, de relações públicas, de estratégia de mercado e de contabilidade, o que lhe garantiria sucesso de vendas – um objetivo em destaque neste Editorial. E como seria isso? Viajar saltitante pelo mundo, trocar informaçãoes comerciais que valem mais que teoria literária, abdicar a criação literária em favor de uma polpuda poupança? Mas isso é tarefa das editoras! Ao escritor, cabe escrever (e escrever com os intestinos, com cólicas dolorosas, necessariamente!), sem anseio de qualquer tipo de sucesso (que não virá mesmo), escrever simplesmente porque o seu espírito perplexo ante a realidade assim lhe ordena. E não estou sendo pessimista, muito menos amargo. Mas me reservo o direito e o supremo prazer de continuar a escrever, sem enquadramento neste mundinho burrinho e fedidinho que me quer lucrativo.
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