

Por conta de Deus
* Por Evelyne Furtado
Viver é o grande plano e nele sou movida pelo sopro do vento que me leva à praia ou ao olho do furacão. O que não significa dizer que a vida off road me atraia. Minhas aventuras têm pouco em comum com as de Thelma e Louise.
Os precipícios assustam-me. Já sentei à beira de alguns paralisada após o susto, mas no tempo certo refiz o roteiro. Parece irresistível a entrega do rumo a um audaz timoneiro. É inebriante ir aqui e ali sem preocupação com o destino.
Mas não é recomendável que se passe o comando da vida para outra pessoa. Por mais tentadora que seja a idéia só vale a pena em algumas situações com confiança e na justa medida para que os princípios individuais sejam conservados.
A tentativa do controle absoluto também é vã. É inevitável o confronto com interesses alheios e a constatação dos próprios limites. Meu lema é viver e deixar viver munida do mínimo de coordenadas para avançar sem grandes tropeços.
O leme da vida, por mais que o agarremos em alguns instantes, escapa-nos e à deriva não vemos as margens, desconhecemos latitude e longitude, e, sequer sabemos se encontraremos o cais.
São nessas ocasiões, quando nos sentimos totalmente impotentes, que nos damos conta de que a viagem toda é feita por conta de Deus.
* Poetisa e cronista de Natal/RN
* Por Evelyne Furtado
Viver é o grande plano e nele sou movida pelo sopro do vento que me leva à praia ou ao olho do furacão. O que não significa dizer que a vida off road me atraia. Minhas aventuras têm pouco em comum com as de Thelma e Louise.
Os precipícios assustam-me. Já sentei à beira de alguns paralisada após o susto, mas no tempo certo refiz o roteiro. Parece irresistível a entrega do rumo a um audaz timoneiro. É inebriante ir aqui e ali sem preocupação com o destino.
Mas não é recomendável que se passe o comando da vida para outra pessoa. Por mais tentadora que seja a idéia só vale a pena em algumas situações com confiança e na justa medida para que os princípios individuais sejam conservados.
A tentativa do controle absoluto também é vã. É inevitável o confronto com interesses alheios e a constatação dos próprios limites. Meu lema é viver e deixar viver munida do mínimo de coordenadas para avançar sem grandes tropeços.
O leme da vida, por mais que o agarremos em alguns instantes, escapa-nos e à deriva não vemos as margens, desconhecemos latitude e longitude, e, sequer sabemos se encontraremos o cais.
São nessas ocasiões, quando nos sentimos totalmente impotentes, que nos damos conta de que a viagem toda é feita por conta de Deus.
* Poetisa e cronista de Natal/RN
Quanto de verdade existe nessa sua crônica, pequena no tamanho e imensa em significado. O melhor mesmo é deixar-se levar pelo timoneiro lá de cima. E seguir em frente, ou deixar-se ir. Um beijo, minha amiga.
ResponderExcluirMuito bom, Evelyne! seu belo texto é o que precisava ler hoje! Parabéns! Um forte abraço!
ResponderExcluirNós acreditamos sempre estarmos ao leme. Deus deixa que acreditemos sempre estarmos ao leme. 09 beijos, Evelyne.
ResponderExcluirEvelyne, sabe o que me encanta na sua prosa? A despretensão. Você fala de uma maneira leve e doce, parecendo que está apenas tomando um copo d'água por ter sede, ou seja, mais do que natural. No entanto nos mostra caminhos( sem precipícios), tão seguros, sugerindo que é fácil fácil viver, amar, ser feliz, e sempre no controle. Acho-a sensata, e veja você que paixão e sensatez andam em mundos diversos. Quem sou eu para ser minimamente munida de audácia e serenidade como você. Fico a me perguntar se são reflexões só suas ou de alguma amiga do peito.Concluo que são as duas coisas. Desculpe a prolixidade. Quando a cabeça dói, ficamos quietas, mas quando o cotovelo faz o mesmo caminho, nos tornamos tagarelas.
ResponderExcluirMarcelo, imensa é sua generosidade, meu amigo.
ResponderExcluirSayonara, que bom você ter chegado a você em boa hora.
Fábio: ter Deus no leme nos conforta, não é?
Mara: as reflexões são minhas baseadas na experiência e na observação. Acho que sou mais ou menos como você. As vezez audaz, outras vezes sensata.
Obrigada, beijos e ótima quarta para vcs.
A ilusão marxista de que estamos no próprio comando caiu há tempos por terra, mas acredito que de tudo deve se tirar ensinamento, mesmo das incertezas. Isso nutre e dá sustança ao espírito, além de favorecer a intuição, que é o grande leme de todos nós. Quando vc confia em Deus, está confiando em si mesma. E está cem porcento certa, a um passo da salvação. Boa viagem, Eve.
ResponderExcluirObrigada, Daniel! Vou com ele. Abraços.
ResponderExcluircom Ele, desculpe.
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