sexta-feira, 15 de maio de 2009




Ferido de morte

* Por Ademir Antonio Bacca

me deixe quieto
no meu canto

não toque no rádio
não mexa na ferida
nem provoque o sonho

deixe a noite
acontecer sem pressa

não fale meu nome
não atravesse a ponte

fique onde estás
e me deixe entregue
ao meu silêncio

hoje,
eu calo por nós dois

* Jornalista, poeta e folclorista

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