Canção marinheira
* Por
Talis Andrade
Do insondável mar o convite
Para os quintos a advertência
de tapar os ouvidos
A prudência de permitir
que amarrem o meu corpo
ao mastro do navio
Quero ouvir o cantar das sereias
o amavio da voz de Lorelei
me chamando
Salto no escuro
Vejo os olhos da morte
Azuis azuis azuis
Salto no escuro
cantando a canção de Fausto
nas tempestades e assaltos
A canção quem me ensinou
foi Evandro San Martim
Entre os dentes trago a faca
e nos meus olhos coloridos
- juro –
ó Ana, vem ver
ó Ana, vem ver
o fogo no mar
os peixes a arder
-
In Romance do Emparedado, 2007
* Jornalista, poeta, professor de Jornalismo e Relações Públicas e bacharel
em História. Trabalhou em vários dos grandes jornais do Nordeste, como a
sucursal pernambucana do “Diário da Noite”, “Jornal do Comércio” (Recife), “Jornal
da Semana” (Recife) e “A República” (Natal). Tem 11 livros publicados, entre os
quais o recém-lançado “Cavalos da Miragem” (Editora Livro Rápido).
Mar de petróleo, só pode ser. Final que pega o leitor desprevenido.
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