quarta-feira, 11 de janeiro de 2012







Promessa

* Por Sayonara Lino

Minha filha entrou no quarto e pediu que eu desenhasse uma casa. Rapidamente desenhei o modelo clássico que aprendi na infância. Simples. Ela saiu satisfeita e eu voltei a me concentrar em minha leitura.
Esse fato me fez pensar nos excessos em minha vida. Aqui no meu quarto existe uma quantidade de badulaques que me deixam rendida! Fotos na parede, computador, impressora, câmeras analógicas, câmeras digitais, livros, bonecas, bolsas, lembrancinhas de viagem, ufa! Fora o que está dentro dos armários e por mais que eu faça doações continuam gerando uma sensação de que tenho muito mais do que preciso realmente.
Agora estou com saudade. Saudade de uma época em que havia poucas opções. Era isso ou aquilo. Ou simplesmente isso. Ponto. Sem opções.
Alguém me disse que estou com o mal estar do pós modernismo. Dificuldade em escolher diante de tantas possibilidades. É, estou sim. E começo o ano determinada: em 2012 , menos será sempre mais. Essa é minha promessa.

• Jornalista, fotógrafa e colunista do Literário

3 comentários:

  1. Ótima ideia, Sayonara! E espero que a cumpra. Fica a impressão de que somos livres, mas no final, não escolhemos, mas somos escolhidos pela tecnologia. Relaxe e siga adiante no seu propósito, que, espero, seja firme.

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  2. Realmente, é preciso que nos livremos dos excessos para que novos desejos surjam... ou que simplesmente, sintamos nosso ambiente mais arejado. Esta regra vale também para os sentimentos... concorda?
    Abraços!

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  3. Obrigada, Mara e Marleuza! Conseguirei cumprir a promessa, estou determinada! Tbm acho que isso vale para os sentimentos sim! Bjos!

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