domingo, 8 de agosto de 2010


A música em mim

* Por Fabiana Bórgia


A música me desconstrói. Passo a ser alguém que transcende os próprios limites. Como se eu deixasse meu próprio corpo e flutuasse na melodia.

A música me consome, mas eu não sinto dor. Só sinto leveza. Sinto como se eu fosse o vento. Como se eu não tivesse nada que me prendesse. Como se tivesse asas. Como se voasse, sem pensar em voltar. Partir. Sem sofrer.

A música toma conta de mim. Já não sou eu. Sou melhor. Sou a própria melodia que escapa de qualquer explicação ou razão. Sou nota. Sou tom. Dom. Desprovida de qualquer intenção. Só emoção.

• Escritora por vocação e advogada por formação. Paulista por natureza e carioca por estado de espírito. Engenheira de sonhos: alguém em eterna construção. Autora do livro “Traços de Personalidade”

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