Literário

A torcida que tem um time

* Por Renato Manjaterra

Comprei na festa do Torcedor Camisa 10 o livro “PONTE PRETA A TORCIDA QUE TEM UM TIME”, dos meus amigos André Pécora e Stephan Iamarino Campineiro. Ainda não li, mas vi fotos maravilhosas, já me arrepiei folheando e adorei a diagramação! Vou escrever aqui com a licença deles as dedicatórias, que são motivos de muito orgulho para mim:

“Ao grande amigo Manjaterra:
Este livro é dedicado à paixão de uma torcida que trouxe a Ponte Preta até aqui. É dedicado, portanto, a torcedores apaixonados e do primeiro escalão, como você.
Um grande abraço,
Stephan
agosto/2010”

“Ao parceiro Manjaterra, que tanto me ensinou sobre a Ponte Preta. Esta memória da nossa querida Veterana.
André Pécora 10/08/2010”

No começo do ano teve o "Conselho Arbitral" do Paulistão, na Federação Paulista de Futebol (FPF). Decidiram que Palmeiras, São Paulo, Corinthians e Santos receberiam sete milhões e meio de reais! Os demais, um milhão e quatrocentos mil reais!

Assim fica fácil!. Quê que é? Efeito "bola de neve"? Tostines? Entender se eles ganham isso porque são grandes, ou se são grandes porque ganham isso não importa tanto quanto importa entender que assim fica fácil.

O que eu acho mais importante de entender é que a própria Ponte faz questão de cumprir à risca esse papelzinho. Eu nem quero mais ficar pensando em quem representou a Ponte nesse Conselho Arbitral. Tenho medo. Imagina se o ocupadíssimo Carnielli vai numa reunião dessas, se nem no Majestoso quase ele aparece. E também não poderia estar alcoolizado na hora da reunião porque não ia pegar muito bem. Não sei quem o Presidente escolheria.

Kiko? Poderia até ser, já que ele faz o trabalho burocrático. Mas imagina um cara que ganha lá seus quatro mil debatendo com os barões. Melhor só anotar tudo direitinho e chamar o táxi no final.

Sobrou para um ex deputado, secretário municipal, torcedor do Corinthians, que está com uma chapa disputando o diretório municipal do PT, para ficar falando no celular enquanto rola o "reparte"... Provavelmente fomos representados pelo candidato a sucessor do Carnielli mesmo.
Fomos, escutamos e voltamos pra casa quietos. E assim é até melhor.

Quando nos metemos a revolucionar, ficamos falando sozinhos e sendo roubados pelos juízes.
Alguém se lembra quando o Tiãozinho inventou de não pagar a arbitragem? Que comédia!
Todo mundo pagou, fomos roubados descaradamente, tivemos que recuar, pagar atrasado e ainda caímos de divisão. Muito bem, hein! Tião! Igualzinho sindicato da CPFL...

Se esse é o papel da Federação Paulista, então o papel da Ponte é mudar isso. E, antes de qualquer coisa, o meu papel é mudar a Ponte.

Nota do Editor: Renato Manjaterra é a voz do torcedor interiorano no Literário.

* Jornalista e escritor, webdesigner, colunista esportivo, pontepretano de quatro costados, autor do livro “Colinas, Pará” com prefácio do Senador Eduardo Suplicy, bacharel em Comunicação Social pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas – PUCAMP, blog http://manjaterra.blogspot.com