Vento novo
* Por Flora Figueiredo
Estava enrolada
em teias e tranças,
debaixo da escada,
lá no subsolo
da casa fechada.
Começava a tomar ares de desgraça.
Manchada do tempo,
fenecia
a esperar que um dia
alguma coisa acontecesse.
Antes que se perdesse completamente,
sentiu passar um vento cor-de-rosa.
Toda prosa, espanou a bruma,
pintou os lábios
e sem vergonha nenhuma
caprichou no recorte do decote.
A felicidade volta à praça
cheia de dengo e graça,
com perfume novo no cangote.
* Poetisa
* Por Flora Figueiredo
Estava enrolada
em teias e tranças,
debaixo da escada,
lá no subsolo
da casa fechada.
Começava a tomar ares de desgraça.
Manchada do tempo,
fenecia
a esperar que um dia
alguma coisa acontecesse.
Antes que se perdesse completamente,
sentiu passar um vento cor-de-rosa.
Toda prosa, espanou a bruma,
pintou os lábios
e sem vergonha nenhuma
caprichou no recorte do decote.
A felicidade volta à praça
cheia de dengo e graça,
com perfume novo no cangote.
* Poetisa
Nada como um vento cor-de-rosa para nos animar a dar uma virada, buscar o novo e recomeçar. Com decote ou sem decote, mas com ele é melhor, pois indica feminilidade, sensualidade e paixão.
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