

Liberdade
* Por Sayonara Lino
As letras vieram me fazer companhia. Recebi todas elas, de A a Z, com um largo sorriso. Papéis e caneta as aguardavam. Pedi que me ajudassem, que soprassem algo em meus ouvidos já que queria escrever um texto. Algo que fosse leve, que soasse bem, que fosse agradável e interessante.
Tentei durante algum tempo, mas nada acontecia. As vogais não entravam em acordo com as consoantes. Tudo ficava misturado e nada coerente surgia. Palavras não se formavam. Pedi que se acalmassem, que entrassem em um acordo, em vão. Saíram porta afora, desarvoradas, dizendo que seria melhor outra hora. Que as recebesse outro dia, em um outro momento.
Bateram a porta e me deixaram de mãos vazias. Ainda estou aqui com as folhas em branco e as canetas olhando para mim. As palavras não queriam ser domesticadas. Desejavam liberdade.
* Jornalista, com especialização em Fotografia e em Estudos Literários pela Universidade Federal de Juiz de Fora. Colunista do portal www.ubaweb.com/revista
* Por Sayonara Lino
As letras vieram me fazer companhia. Recebi todas elas, de A a Z, com um largo sorriso. Papéis e caneta as aguardavam. Pedi que me ajudassem, que soprassem algo em meus ouvidos já que queria escrever um texto. Algo que fosse leve, que soasse bem, que fosse agradável e interessante.
Tentei durante algum tempo, mas nada acontecia. As vogais não entravam em acordo com as consoantes. Tudo ficava misturado e nada coerente surgia. Palavras não se formavam. Pedi que se acalmassem, que entrassem em um acordo, em vão. Saíram porta afora, desarvoradas, dizendo que seria melhor outra hora. Que as recebesse outro dia, em um outro momento.
Bateram a porta e me deixaram de mãos vazias. Ainda estou aqui com as folhas em branco e as canetas olhando para mim. As palavras não queriam ser domesticadas. Desejavam liberdade.
* Jornalista, com especialização em Fotografia e em Estudos Literários pela Universidade Federal de Juiz de Fora. Colunista do portal www.ubaweb.com/revista
A narrativa é tão envolvente, que visualizei letrinhas com perninhas e bracinhos, como nos livros de alfebetização!
ResponderExcluirE é pura verdade! Muitas vezes as letras batem em retirada, deixando o escritor de mãos atadas. Parabéns pela forma de abordagem.
Abraços.
Marleuza, obrigada pela leitura e pelo comentário! Abraço!
ResponderExcluirRemeteu-me a sopa de estrelinhas que a minha irmã mais nova se encantava, com a letrinhas e não a sopinha. Carla era a menina mais enfastiada que conheci. Quase não comia. Diante de uma mesa de aniversário de uma família abastada, após olhar tudo, ela pediu "aquele pedaço de gelo ali".
ResponderExcluirQuanto ao seu escrito, viva as letras desobedientes e livres do seu texto. Rebeldes como você! Muito bem!
errata:letrinhas e não estrelinhas....risos...
ResponderExcluirEu me lembro dessa sopa, Mara! rss Obrigada pelo comentário, super abraço!
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