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Museu de tudo
* Por João Cabral de Melo Neto
Enquanto com Max Bense eu ia
como que sua filosofia
mineral, toda esquadrias
do metal-luz dos meios-dias,
arquitetura se fazia:
mais um edifício sem entropia,
literalmente, se construía:
um edifício filosofia.
Enquanto Max Bense a visita
e a vai dizendo, Brasília,
eu também de visita ia:
ao edifício do que ele dizia:
edifício do que ele dizia;
edifício que, todavia,
de duas formas existia:
na de edifício em que se habita
e de edifício que nos habita.
* João Cabral de Melo Neto, poeta pernambucano, natural de Recife. Poema transcrito da contracapa do livro “Inteligência Brasileira: uma reflexão cartesiana”, de Max Bense.
Enquanto com Max Bense eu ia
como que sua filosofia
mineral, toda esquadrias
do metal-luz dos meios-dias,
arquitetura se fazia:
mais um edifício sem entropia,
literalmente, se construía:
um edifício filosofia.
Enquanto Max Bense a visita
e a vai dizendo, Brasília,
eu também de visita ia:
ao edifício do que ele dizia:
edifício do que ele dizia;
edifício que, todavia,
de duas formas existia:
na de edifício em que se habita
e de edifício que nos habita.
* João Cabral de Melo Neto, poeta pernambucano, natural de Recife. Poema transcrito da contracapa do livro “Inteligência Brasileira: uma reflexão cartesiana”, de Max Bense.
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