segunda-feira, 7 de junho de 2010




Termologia de Tereza

* Por Wanda Cristina da Cunha e Silva

Tenho tecido Tereza todo tempo,
teimando ter tido todo tempo tudo.
Tecendo Tereza, tenho todo tempo
Tentativa de ter todo tempo tudo.
Turbulenta, traduzo o termo "ter tudo".
Ter tudo é ter tido o tempo de Tereza,
Torrente de travessa num tempo tronchudo,
transformo a tristeza em Tereza-tardeza.

Tereza tricota o termo ternura,
traduz a tristeza com tanta ternura,
Tangente, tão gente, trajando Tereza.

Tracejo um terceto trilhando a tristeza:
tropeço, trafego... e a tarde tintura
O meu termo todo do termo: Tereza!

* Jornalista, escritora, poetisa e professora maranhense, autora dos livros “Uma cédula de amor no meu salário” )poesias), “Engraxam-se sorrisos” (crônicas), “Rede de arame” (poesias), Geofagia ruminante no sótão da preamar” (poesias) e “Flor de Marias no buquê de costelas” (antologia poética).

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