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Bem me quer
* Por Evelyne Furtado
Tenho para mim que escapar de vez em quando faz bem, afinal quem aguenta viver a cru? Alguns pregam o contrário, mas duvido que mesmo esses não tenham seus momentos de pura fuga da realidade quando levam muito a sério seus quotidianos.
Há muitos refúgios. Uns mais nobres que outros. Outros menos destrutivos que uns. Desconfio que a vida sem fantasia seja mesmo contra-indicada. Tenho quase certeza de que precisamos de um filtro para nos manter sãos. Assim, vale dominó na calçada, jogos no celular, um biribinha. Sei lá.
Um bom romance, um belo poema, uma nova teoria. Que tal? Vale uma nova paixão. Vale a meia luz. Vale a criação. Vale desfiar um rosário, acalmando o coração. (Ou bem me quer, mal me quer, como distração).
Vale dois ou três chopes e a alegria compartilhada. Vale um ideal, um cinema e até o sonho de consumo. Vale a música preferida, para ouvir ou para cantar. Vale chamar para dançar, tomar um café ou jogar conversa fora. Vale até mesmo textos nada ortodoxos como forma de expressão.
Só não vale exagerar na dose, jogar areia nos olhos, nem fazer gol com a mão. Também não vale levar a bola para casa, puxar o tapete do outro, nem se sentir senhor da razão.
* Poetisa e cronista de Natal/RN
* Por Evelyne Furtado
Tenho para mim que escapar de vez em quando faz bem, afinal quem aguenta viver a cru? Alguns pregam o contrário, mas duvido que mesmo esses não tenham seus momentos de pura fuga da realidade quando levam muito a sério seus quotidianos.
Há muitos refúgios. Uns mais nobres que outros. Outros menos destrutivos que uns. Desconfio que a vida sem fantasia seja mesmo contra-indicada. Tenho quase certeza de que precisamos de um filtro para nos manter sãos. Assim, vale dominó na calçada, jogos no celular, um biribinha. Sei lá.
Um bom romance, um belo poema, uma nova teoria. Que tal? Vale uma nova paixão. Vale a meia luz. Vale a criação. Vale desfiar um rosário, acalmando o coração. (Ou bem me quer, mal me quer, como distração).
Vale dois ou três chopes e a alegria compartilhada. Vale um ideal, um cinema e até o sonho de consumo. Vale a música preferida, para ouvir ou para cantar. Vale chamar para dançar, tomar um café ou jogar conversa fora. Vale até mesmo textos nada ortodoxos como forma de expressão.
Só não vale exagerar na dose, jogar areia nos olhos, nem fazer gol com a mão. Também não vale levar a bola para casa, puxar o tapete do outro, nem se sentir senhor da razão.
* Poetisa e cronista de Natal/RN
Também não vale magoar
ResponderExcluirpessoas são sensíveis.
Beijos Evelyne
Refúgios, escapes, fugas. Quem é que vive sem isso? Desde que não nos fira nem maltrate a quem queremos bem, tudo vale a pena se a alma não é pequena. Belo texto, minha amiga.
ResponderExcluirconcordo com o que disseram Núbia e Marcelo Pirajá.Beijos
ResponderExcluirUma lição de vida e tanto. Apenas quem já chegou a meia idade tem segurança para falar tudo isso em tão poucos parágrafos. Gostei das sugestões. Preciso colocar alguma delas em prática. Estou totalmente fora de forma sobre o que seja escapar, ou melhor dizendo: escapulir.
ResponderExcluirQue beleza de texto! As coisas simples da vida nos ajudam a enfrentar um cotidiano nem sempre fácil. Adorei as sugestões. Tenho feito tudo isso ultimamente. A vida fica mais leve! Abraços!
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