Cada vez mais jovens
* Por Fernando Yanmar Narciso
Nossos antepassados, aqueles que morreram há 40 ou 50 anos, dificilmente conseguiriam viver no mundo moderno. Nessa era de constantes mudanças, o que representava coisas boas antigamente tem um enfoque totalmente diferente hoje em dia.
Se antigamente a palavra “respeito” era sinônimo de uma vida digna e honesta, família unida e nome limpo na praça, hoje ele é medido pela quantidade de medo que alguém é capaz de injetar no maior número possível de pessoas. Bandidos e traficantes estão aí pra não me deixar mentir.
Inconcebível hoje, mas antigamente as portas das casas viviam abertas. Era possível passar a noite sentado numa cadeiroca na varanda de casa, contando causos pros vizinhos, sem nenhum medo de ser agredido, estuprado, assaltado ou morto. Nossos avós também não eram bobos. A grande maioria deles mantinha uma carabina escondida atrás da porta para usar em casos extremos, mas elas ficavam lá, juntando poeira, na maior parte do tempo.
Com a escassez de aparatos tecnológicos, eles viam o tempo passando bem devagar, indo deitar assim que a noite caía, ou quando o Repórter Esso dava seus últimos acordes no rádio. Como havia pouca gente e poucos carros, não tinha necessidade de construir cidades maiores, e pelas mesmas razões, mortes por atropelamento eram raras. Podíamos passar uma tarde inteira no circo ou no zoológico, sem sequer pensar em todo o perrengue a que os “animais indefesos” eram submetidos diariamente.
Bem que alguns costumes japoneses poderiam ser adotados por aqui, como o respeito à terceira idade. Lá, os mais velhos recebem maiores salários à medida em que envelhecem, e quase sempre são tratados como “mestres” pelos mais novos, como fontes de sabedoria e sensatez, ao contrário de nossos costumes, que se resumem a encarcerar os idosos num asilo tão cedo quanto possível.
Bom divertimento!
* Fernando Yanmar Narciso, 26 anos, formado em Design, filho de Mara Narciso, escritor do blog “O Blog do Yanmar”, http://fernandoyanmar.wordpress.com
* Por Fernando Yanmar Narciso
Nossos antepassados, aqueles que morreram há 40 ou 50 anos, dificilmente conseguiriam viver no mundo moderno. Nessa era de constantes mudanças, o que representava coisas boas antigamente tem um enfoque totalmente diferente hoje em dia.
Se antigamente a palavra “respeito” era sinônimo de uma vida digna e honesta, família unida e nome limpo na praça, hoje ele é medido pela quantidade de medo que alguém é capaz de injetar no maior número possível de pessoas. Bandidos e traficantes estão aí pra não me deixar mentir.
Inconcebível hoje, mas antigamente as portas das casas viviam abertas. Era possível passar a noite sentado numa cadeiroca na varanda de casa, contando causos pros vizinhos, sem nenhum medo de ser agredido, estuprado, assaltado ou morto. Nossos avós também não eram bobos. A grande maioria deles mantinha uma carabina escondida atrás da porta para usar em casos extremos, mas elas ficavam lá, juntando poeira, na maior parte do tempo.
Com a escassez de aparatos tecnológicos, eles viam o tempo passando bem devagar, indo deitar assim que a noite caía, ou quando o Repórter Esso dava seus últimos acordes no rádio. Como havia pouca gente e poucos carros, não tinha necessidade de construir cidades maiores, e pelas mesmas razões, mortes por atropelamento eram raras. Podíamos passar uma tarde inteira no circo ou no zoológico, sem sequer pensar em todo o perrengue a que os “animais indefesos” eram submetidos diariamente.
Bem que alguns costumes japoneses poderiam ser adotados por aqui, como o respeito à terceira idade. Lá, os mais velhos recebem maiores salários à medida em que envelhecem, e quase sempre são tratados como “mestres” pelos mais novos, como fontes de sabedoria e sensatez, ao contrário de nossos costumes, que se resumem a encarcerar os idosos num asilo tão cedo quanto possível.
Bom divertimento!
* Fernando Yanmar Narciso, 26 anos, formado em Design, filho de Mara Narciso, escritor do blog “O Blog do Yanmar”, http://fernandoyanmar.wordpress.com
O respeito ao idoso é coisa
ResponderExcluirque nem precisaria ser sugerida
ou resgatada.
E, embora cansados muitos são
sustentáculos financeiros de algumas
famílias, ainda assim há quem os menospreze.
Beijos
As pessoas velhas ficam como que pedindo desculpas por terem envelhecido. Esquecem-se às vezes, que tragédia não é ser velho, é morrer jovem. Isso consola? Não. Envelhecer é terrível, mas uma maneira de suportar as perdas é receber atenção e respeito dos demais, inclusive dos outros velhos. Isso também às vezes falha.
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