segunda-feira, 2 de janeiro de 2012







A Esfinge

* Por Talis Andrade

O corpo de pedra
metade animal
metade mulher
postada à beira da estrada
a fêmea fatal
propõe o enigma
.
O riso da besta
(frio como o aço)
parte os vitrais
Ferem os estilhaços
o rosto do jovem
o jovem que chora
sobre o corpo
felino:
o orgasmo um corte
uma morte curta
e rápida
.
Frio sorriso
de quem não consegue
ver além do r...

* Jornalista, poeta, professor de Jornalismo e Relações Públicas e bacharel em História. Trabalhou em vários dos grandes jornais do Nordeste, como a sucursal pernambucana do “Diário da Noite”, “Jornal do Comércio” (Recife), “Jornal da Semana” (Recife) e “A República” (Natal). Tem 11 livros publicados, entre os quais o recém-lançado “Cavalos da Miragem” (Editora Livro Rápido).

2 comentários:

  1. Tão misteriosa quanto a esfinge, é a frase cortada e incompleta.

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  2. O mistério move...
    Enigmas assim caminha a humanidade?
    E o corpo? eis a questão entre a razão e a paixão...

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