
Encontros inesperados
* Por Fabiana Bórgia
DESPEDIDA: - Cheguei.
MULHER: - O que você quer?
DESPEDIDA: - Vim para ficar. É sua vez de partir.
MULHER: - Pensei que você viesse se despedir.
DESPEDIDA: - Eu nunca me despeço.
MULHER: - Você está com crise de identidade. Você é a DESPEDIDA. Esqueceu? Qual seu problema? Por que quer invadir a FELICIDADE?
FELICIDADE: - É isso mesmo. Vai embora. Estou cansada de você querer me invadir. Você é muito triste.
TRISTEZA: - Por que está falando da minha amiga inseparável?
FELICIDADE: - Porque você ainda tem uma razão para existir: as pessoas só conhecem a ALEGRIA quando sabem quem é a TRISTEZA. Mas a DESPEDIDA não traz nenhum benefício. É má.
DESPEDIDA: Eu não sou má. Eu crio perspectivas. Mudanças. Sem mim, tudo seria estático e a VIDA perderia a graça. Afinal, tudo tem um começo, um meio e um fim.
VIDA: - Eu nunca perco a graça.
DESPEDIDA: - Eu não vou discutir. Eu vou levar a MULHER comigo.
MULHER: - Mas eu não vou.
VIDA: - Não se preocupe. Já te falei que dou muitas voltas.
MULHER: - Quero as coisas no meu tempo.
VIDA: - Há várias coisas em questão. E você sabe que não depende do DESTINO.
DESTINO: - Também estou com crise de identidade. Tudo depende da ESCOLHA.
ESCOLHA: - O que você deseja, MULHER?
MULHER: - Desejo sentir a FELICIDADE de ESCOLHER o que a VIDA me propõe e saber lidar com a PERDA. Quero ESCOLHER a VIDA, e não que a VIDA me ESCOLHA.
PERDA: - Você lida comigo muito bem. Péssima perdedora. Incapaz de aceitar as derrotas. Você levanta a poeira e dá a volta por cima.
MULHER: - E existe outro meio?
VIDA: - Não. É preciso aceitar e prosseguir.
MULHER: - Mande a DESPEDIDA ir embora.
VIDA: - Eu não posso.
MULHER: - Você não ajuda em nada.
VIDA: - Como você se queixa! Não cansa disso? Seja MULHER!
MULHER: - Não estou reclamando. Eu estou pedindo.
VIDA: - Então peça direito!
• Escritora por vocação e advogada por formação. Paulista por natureza e carioca por estado de espírito. Engenheira de sonhos: alguém em eterna construção. Autora do livro “Traços de Personalidade”
DESPEDIDA: - Cheguei.
MULHER: - O que você quer?
DESPEDIDA: - Vim para ficar. É sua vez de partir.
MULHER: - Pensei que você viesse se despedir.
DESPEDIDA: - Eu nunca me despeço.
MULHER: - Você está com crise de identidade. Você é a DESPEDIDA. Esqueceu? Qual seu problema? Por que quer invadir a FELICIDADE?
FELICIDADE: - É isso mesmo. Vai embora. Estou cansada de você querer me invadir. Você é muito triste.
TRISTEZA: - Por que está falando da minha amiga inseparável?
FELICIDADE: - Porque você ainda tem uma razão para existir: as pessoas só conhecem a ALEGRIA quando sabem quem é a TRISTEZA. Mas a DESPEDIDA não traz nenhum benefício. É má.
DESPEDIDA: Eu não sou má. Eu crio perspectivas. Mudanças. Sem mim, tudo seria estático e a VIDA perderia a graça. Afinal, tudo tem um começo, um meio e um fim.
VIDA: - Eu nunca perco a graça.
DESPEDIDA: - Eu não vou discutir. Eu vou levar a MULHER comigo.
MULHER: - Mas eu não vou.
VIDA: - Não se preocupe. Já te falei que dou muitas voltas.
MULHER: - Quero as coisas no meu tempo.
VIDA: - Há várias coisas em questão. E você sabe que não depende do DESTINO.
DESTINO: - Também estou com crise de identidade. Tudo depende da ESCOLHA.
ESCOLHA: - O que você deseja, MULHER?
MULHER: - Desejo sentir a FELICIDADE de ESCOLHER o que a VIDA me propõe e saber lidar com a PERDA. Quero ESCOLHER a VIDA, e não que a VIDA me ESCOLHA.
PERDA: - Você lida comigo muito bem. Péssima perdedora. Incapaz de aceitar as derrotas. Você levanta a poeira e dá a volta por cima.
MULHER: - E existe outro meio?
VIDA: - Não. É preciso aceitar e prosseguir.
MULHER: - Mande a DESPEDIDA ir embora.
VIDA: - Eu não posso.
MULHER: - Você não ajuda em nada.
VIDA: - Como você se queixa! Não cansa disso? Seja MULHER!
MULHER: - Não estou reclamando. Eu estou pedindo.
VIDA: - Então peça direito!
• Escritora por vocação e advogada por formação. Paulista por natureza e carioca por estado de espírito. Engenheira de sonhos: alguém em eterna construção. Autora do livro “Traços de Personalidade”
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