

Eu senti
* Por Evelyne Furtado
Hoje falo de imagem e som, pois palavras, só lembro das duas que foram proferidas antes dos créditos subirem. Eu não entendo de cinema, eu apenas gosto. E é nessa condição que peço licença para falar.
Por mais ou menos duas horas meus olhos fecharam-se em alguns momentos por não suportarem o que a tela exibia.
Em muitos outros instantes meu olhar expandiu-se para absorver tamanha beleza. O mesmo prazer foi proporcionado aos ouvidos. Afinal o filme é sobre perfeição e balé. O Lago dos Cisne, no cinema, recebeu o tratamento plástico que a obra de Tchaikovsky merece.
Não tenho como fugir aos adjetivos. Cisne Negro é instigante, belo, repulsivo, deslumbrante e exaustivo.
Oferece prazer estético e aversão, ao mesmo tempo que trata de conflitos psicológicos intensos expondo o claro e o escuro; a vontade e o medo; a disciplina e a emoção; a ambição e a culpa e, ainda, o auge e a queda.
Ao sair do cinema, alguém me perguntou:- E aí? Antes de pensar em uma resposta mais adequada, respondi no ímpeto:
- Estou morta!
Meu instinto de preservação quase me leva a comprar outro bilhete para assistir Zé Colméia, o filme. Porém optei por suportar um pouco mais todo tormento emocional idealizado por Darren Aronofsky e interpretado magistralmente por Natalie Portman.
Ainda preciso entender melhor as múltiplas mensagens do criador de Cisne Negro. Mas ficará para outra conversa, outra sessão, outra época. Por enquanto fico com a imagem, o som e a última fala da protagonista: " Eu senti"
• Poetisa e cronista de Natal/RN
* Por Evelyne Furtado
Hoje falo de imagem e som, pois palavras, só lembro das duas que foram proferidas antes dos créditos subirem. Eu não entendo de cinema, eu apenas gosto. E é nessa condição que peço licença para falar.
Por mais ou menos duas horas meus olhos fecharam-se em alguns momentos por não suportarem o que a tela exibia.
Em muitos outros instantes meu olhar expandiu-se para absorver tamanha beleza. O mesmo prazer foi proporcionado aos ouvidos. Afinal o filme é sobre perfeição e balé. O Lago dos Cisne, no cinema, recebeu o tratamento plástico que a obra de Tchaikovsky merece.
Não tenho como fugir aos adjetivos. Cisne Negro é instigante, belo, repulsivo, deslumbrante e exaustivo.
Oferece prazer estético e aversão, ao mesmo tempo que trata de conflitos psicológicos intensos expondo o claro e o escuro; a vontade e o medo; a disciplina e a emoção; a ambição e a culpa e, ainda, o auge e a queda.
Ao sair do cinema, alguém me perguntou:- E aí? Antes de pensar em uma resposta mais adequada, respondi no ímpeto:
- Estou morta!
Meu instinto de preservação quase me leva a comprar outro bilhete para assistir Zé Colméia, o filme. Porém optei por suportar um pouco mais todo tormento emocional idealizado por Darren Aronofsky e interpretado magistralmente por Natalie Portman.
Ainda preciso entender melhor as múltiplas mensagens do criador de Cisne Negro. Mas ficará para outra conversa, outra sessão, outra época. Por enquanto fico com a imagem, o som e a última fala da protagonista: " Eu senti"
• Poetisa e cronista de Natal/RN
Uma resenha recente da Folha de São Paulo falava exatamente desse caráter dúbio do filme. Estou curioso pra assistir, só espero sair sem aleijões do cinema!...
ResponderExcluirÓtimo texto, Evelyne. Um beijo grande.
Ler suas impressões vão além das palavras, pois acabamos prendendo a respiração. Vamos avançando num ímpeto, e ao acabar, enfim respirei, um pouco como você ao fim do filme. Os dramas psicológicos bem feitos sufocam, e mesmo gostando(?), sair da sala de exibição é um alívio: sobrevivi.
ResponderExcluirO que só instiga a minha curiosidade.
ResponderExcluirBelo texto.
Beijos
Marcelo: Vale a pena e não vai lhe machucar,rs.
ResponderExcluirMara: Como médica talvez vc não tenha certas sensações que eu tive.
Núbia: Instigante é um termo adequado para o filme.
Obrigada e beijos, meus amigos.