terça-feira, 5 de outubro de 2010




Samoa

* Por Talis Andrade


Fúnebre coro
terrível vaticínio
impassível escuto
desde o útero

Agourentas bruxas
gritam no escuro
nefandos avisos

Jamais pisarei as terras de Samoa
a terra sem males
Os frutos brotam nos campos
sem que sejam plantados
Mãos invisíveis pescam nos rios
As flechas caçam sozinhas

Eu estivesse em Samoa
Iara viria deitar na minha rede
me envolvendo nos seus braços
me envolvendo nos seus cabelos
azuis azuis se eu estivesse em Samoa

* Jornalista, poeta, professor de Jornalismo e Relações Públicas e bacharel em História. Trabalhou em vários dos grandes jornais do Nordeste, como a sucursal pernambucana do “Diário da Noite”, “Jornal do Comércio” (Recife), “Jornal da Semana” (Recife) e “A República” (Natal). Tem 11 livros publicados, entre os quais o recém-lançado “Cavalos da Miragem” (Editora Livro Rápido).

2 comentários:

  1. Samoa fica perto e tangível
    em sua bela poesia.
    Parabéns.

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  2. Samoa me remeteu a Pasárgada, senti algo de Bandeira, Tális, adorei. Ao contrário de você, eu iria pra Samoa sem pestanejar, e ficaria no colo das sereias, ouvindo suas histórias.

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