* Por Sayonara Lino
Gostaria de lhe ajudar, mas pareço pequena diante da situação que a vida impôs. Não é raro nos sentirmos encurralados, como se estivéssemos em um beco sem saída. E nesse caso, parece que é mesmo assim.
Compreendo bem essa situação complexa e não faço qualquer tipo de julgamento. Somos cheios de defeitos e falhas, ainda muito imperfeitos para avaliarmos as atitudes alheias. Sem contar que apontar o dedo não traz a melhor das energias. Tudo o que eu gostaria é de encontrar uma solução razoável para essa questão.
Se eu tivesse o dom de tirar a dor das pessoas, me sentiria plena. Sei que é uma doce utopia. Mas pensar em aliviar o sofrimento de quem quer que seja me deixa contente. Tem coisa melhor do que ajudar os outros? Creio que não.
Passei o início da noite pensando nas pessoas que estão vivenciando situações limite. Mãos que ajudam são fundamentais e eu posso apenas escutar os desabafos dos angustiados. Pouco posso fazer. Sinto que não é o suficiente.
Peço a alguma força superior que guie seus passos, que te fortaleça, que te ilumine, que te proteja e amenize os duros golpes que a vida te deu. Consigo sentir sua dor, que não é muito diferente da minha. Sobrevivemos e isso é uma vitória.
Gostaria de ver um sorriso largo em seu rosto, porque sei que é alegre. As adversidades roubaram sua vitalidade, mas quem sabe algo muito bom acontece e a felicidade retorna?
Olha, estou torcendo por isso. Espero receber boas notícias. Se existirem anjos, vou pedir que tomem conta de você. Por favor, cuide-se, não se deixe abater pela melancolia. Reaja, milagres acontecem todos os dias.
• Jornalista, fotógrafa e colunista do Literário
Também estou a espera de um milagre, apenas que a minha convicção sobre a existência dele não é forte como a sua, Sayonara. Ouvir com atenção, compreender e acolher, não apontar o dedo, são gestos muito importantes. Belas e encorajadoras palavras.
ResponderExcluir