* Por Marco Antonio Araújo
Gosto quando o ódio em mim penetra
E me torna frio, insensível, cruel
Gosto do gosto que fica, de fel
E da impressão de que nada me afeta
Na soberba da fúria me sinto um esteta
Da estirpe de Yago e de Maquiavel
Um Mefisto que invade os domínios do céu
E celebra a vitória vilã e completa
O mal me domina e o egoísmo me acalma
E bem quieto arquiteto ardilosa armadilha
Sem saber, quem me quer em silêncio se humilha
E se verga em vergonha e com medo na alma
É tranqüila a vingança, sem aplauso nem vaia
Quando menos se espera, meu amor é tocaia
* Jornalista, ex-professor e coordenador de jornalismo da Faculdade Cásper Líbero. Trabalhou nos jornais A Voz da Unidade, do PCB; A Gazeta Esportiva, onde foi diretor de redação e criou as revistas Educação, Língua Portuguesa, Fera! e Ensino Superior.
Muito bonita a sua coragem de enaltecer o lado obscuro da força. Quem está sendo mau sabe disso, e não finge estar sendo bom. Maldade a toda prova.
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