domingo, 9 de janeiro de 2011


Salve Olinda, eternamente!

* Por Clóvis Campêlo

Sempre te vi e sempre te amei, Olinda! Sempre me vi atraído por tuas ladeiras íngremes, cobertas de pedras portuguesas! Sempre adorei olhar as tuas varandas coloniais, onde o passado se debruça para ver o futuro chegar! Para mim pouca importa o teu título pomposo de Patrimônio Histórico e Cultural da Humanidade.

Sempre te vi altaneira, olhando com desdém para a planície onde o Recife insistiu em se plantar. Sempre curti os teus hippies fedorentos que insistem em negar a ordem e o progresso. A ti, ofereço o espanto dos meus olhos, minha imagem cansada, quase sexagenária, que se alimenta do teu ar salitroso.

Oh Olinda, eternamente linda, que bela situação a tua, erguida sobre sete colinas. Quanta fé me irradia o teu carnaval profano e o silêncio profundo das tuas igrejas centenárias. A ti, ofereço as minhas mãos calejadas de uma poesia inútil. A ti, ofereço as cicatrizes das minhas retinas sensibilizadas com a tua eterna beleza. Salve o verde dos teus mares, o azul dos teus céus, o vermelho do teu sangue libertário. Salve a ti, Olinda eternamente linda!


• Poeta, jornalista e radialista de Olinda/PE

Um comentário:

  1. Olinda...linda e encantada que
    retratada em poesias nos
    enche os olhos.
    Parabéns!
    Abraços

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