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Plantando arroz
* Por Renato Manjatera
Eu queria arroz. E decidi ir atrás do meu objetivo. Comprei a melhor terra que tinha para plantar arroz, fiz análise do solo e preparei-o mais ainda para o plantio do arroz. Comprei também implementos para plantar e pra colher arroz, da última geração.
Até água boa para arroz eu comprei. Quando a lua entrou na fase boa para o cultivo do arroz, fui comprar as sementes. Não tinha semente de arroz, mas tinha de feijão. Eu comprei então sementes de feijão.
Não tinha semente de arroz, só por isso eu comprei sementes de feijão. Mas só as sementes eram de feijão. O restante, a terra, o adubo, o arado, a colhedeira, a água era tudo de arroz.
Aí eu plantei como se planta arroz, pois tudo era de arroz, exceto as sementes. As sementes, só mesmo as sementes, eram de feijão. Pois é. Dá para acreditar que nasceu feijão?!
* Jornalista e escritor, Autor do livro “Colinas, Pará” com prefácio do Senador Eduardo Suplicy, bacharel em Comunicação Social pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas – PUCAMP, blog http://manjaterra.blogspot.com
* Por Renato Manjatera
Eu queria arroz. E decidi ir atrás do meu objetivo. Comprei a melhor terra que tinha para plantar arroz, fiz análise do solo e preparei-o mais ainda para o plantio do arroz. Comprei também implementos para plantar e pra colher arroz, da última geração.
Até água boa para arroz eu comprei. Quando a lua entrou na fase boa para o cultivo do arroz, fui comprar as sementes. Não tinha semente de arroz, mas tinha de feijão. Eu comprei então sementes de feijão.
Não tinha semente de arroz, só por isso eu comprei sementes de feijão. Mas só as sementes eram de feijão. O restante, a terra, o adubo, o arado, a colhedeira, a água era tudo de arroz.
Aí eu plantei como se planta arroz, pois tudo era de arroz, exceto as sementes. As sementes, só mesmo as sementes, eram de feijão. Pois é. Dá para acreditar que nasceu feijão?!
* Jornalista e escritor, Autor do livro “Colinas, Pará” com prefácio do Senador Eduardo Suplicy, bacharel em Comunicação Social pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas – PUCAMP, blog http://manjaterra.blogspot.com
Acho que na realidade
ResponderExcluiro mais importante era
plantar, independente
do que fosse, ou seja
não perder a viagem.
Adorei!
beijos
Muitas vezes ficamos esperando coisas de pessoas que não têm aquilo que precisamos. Largando a metáfora e indo de novo ao texto, e além do "quem planta vento colhe tempestade", vejo que quem planta feijão em área de arroz, colhe feijão, porém molhado e brotando.
ResponderExcluirMara, eu não tenho esse conhecimento. Talvez até mesmo o texto esteja errado. Não sei se plantando arroz em terra de feijão - ou vice versa nasce alguma coisa. A personagem desse texto (tem uma personagem sim) essa sim sabe tudo sobre terra e comida. Eu não.
ResponderExcluirDe qualquer forma em resumo: pode nascer a planta da semente, ou não nascer nada. A outra planta - a do desejo - não tem chance.
Nubia, a viagem vale por ter plantado e também pelo arroz. Muito obrigado!
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