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Dramático: música nos escombros
* Por Luís Delcides R. Silva
Há falta de respeito por parte de gente inescrupulosa, que está a fim de atender os interesses da indústria cultural, tão enfatizada por Theodor Adorno (1903-1963), e dos representantes políticos, que simplesmente querem erguer uma estrutura de concreto armado e denominá-la como "praça de cultura". Essa é a situação que atravessa o Conservatório Dramático Musical de São Paulo.
Fundado em 1906, já passaram por ali tantos nomes ilustres, como Mário de Andrade, Isaías Sávio e Francisco Mignone. Hoje, segundo a matéria do “O Estado de São Paulo”, tem menos de 10 alunos e ocupa as dependências do Centro Universitário da FEI.
Como ex-aluno, estudei nesta instituição no começo dos anos 1990, recebo a notícia com tristeza. E o fato da Prefeitura Paulistana não providenciar um lugar, um espaço em troca da desapropriação do prédio anexo na Praça Monteiro Lobato.
Aliás, desde aquela época, ali era um local muito perigoso. O poder público nunca se preocupou em oferecer segurança, fazer a manutenção adequada daquele espaço. Lembro que nós, estudantes de música, corríamos perigo ao passar com instrumentos. Algumas garotas tinham que ir acompanhadas dos pais para não serem molestadas pelos "delinqüentes" que viviam no entorno.
Hoje, a dupla Serra-Kassab, em seu mais demagógico projeto "Praça da Cultura", vem retirar o que há de melhor e parte da história da arte paulistana. Interessante, o Sr. Jose Serra, paulistano, da Moóca, jogou fora mais de um século de história e seu apadrinhado político, simplesmente endossou a ideia do atual governador.
O negócio é atender os interesses da massa. É hente que trata a arte como lixo, algo que não tem valor. Infelizmente, os "importados" chegam e invadem o espaço brasileiro e chamamos essa "droga" comercial de arte. Enquanto isso, os CEUs não têm bons espetáculos, os produtores têm dificuldades em levar a boa arte para os cantões da cidade e os comandantes desta cidade só se preocupam em construir, erguer espigões subaproveitados pela população paulistana.
* Jornalista, músico, ex- aluno do Conservatório Dramático Musical de São Paulo.
* Por Luís Delcides R. Silva
Há falta de respeito por parte de gente inescrupulosa, que está a fim de atender os interesses da indústria cultural, tão enfatizada por Theodor Adorno (1903-1963), e dos representantes políticos, que simplesmente querem erguer uma estrutura de concreto armado e denominá-la como "praça de cultura". Essa é a situação que atravessa o Conservatório Dramático Musical de São Paulo.
Fundado em 1906, já passaram por ali tantos nomes ilustres, como Mário de Andrade, Isaías Sávio e Francisco Mignone. Hoje, segundo a matéria do “O Estado de São Paulo”, tem menos de 10 alunos e ocupa as dependências do Centro Universitário da FEI.
Como ex-aluno, estudei nesta instituição no começo dos anos 1990, recebo a notícia com tristeza. E o fato da Prefeitura Paulistana não providenciar um lugar, um espaço em troca da desapropriação do prédio anexo na Praça Monteiro Lobato.
Aliás, desde aquela época, ali era um local muito perigoso. O poder público nunca se preocupou em oferecer segurança, fazer a manutenção adequada daquele espaço. Lembro que nós, estudantes de música, corríamos perigo ao passar com instrumentos. Algumas garotas tinham que ir acompanhadas dos pais para não serem molestadas pelos "delinqüentes" que viviam no entorno.
Hoje, a dupla Serra-Kassab, em seu mais demagógico projeto "Praça da Cultura", vem retirar o que há de melhor e parte da história da arte paulistana. Interessante, o Sr. Jose Serra, paulistano, da Moóca, jogou fora mais de um século de história e seu apadrinhado político, simplesmente endossou a ideia do atual governador.
O negócio é atender os interesses da massa. É hente que trata a arte como lixo, algo que não tem valor. Infelizmente, os "importados" chegam e invadem o espaço brasileiro e chamamos essa "droga" comercial de arte. Enquanto isso, os CEUs não têm bons espetáculos, os produtores têm dificuldades em levar a boa arte para os cantões da cidade e os comandantes desta cidade só se preocupam em construir, erguer espigões subaproveitados pela população paulistana.
* Jornalista, músico, ex- aluno do Conservatório Dramático Musical de São Paulo.
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