

Miragem
* Por Sayonara Lino
Encontrei uma amiga que vejo muito pouco e paramos para papear. Na pauta, relacionamento afetivo. Ela questionava o desaparecimento súbito de um namorado recente. Bem recente, duas ou três semanas, ela não sabia ao certo. A história é conhecida: o cara fica de ligar no fim de semana e desaparece. Você formula pelo menos trinta hipóteses, remói, quanto mais deseja não pensar a respeito, mais pensa.
Está com outra, eu escrevi “pobrema” sem querer outro dia no e-mail, vai ver ele teve uma desilusão ortográfico amorosa. Será que me achou muito magra ou caída, nova demais, inculta, imatura, um suor inconveniente incomodou seu olfato? A lista é longa.
Se fosse para desenvolver uma tese de doutorado você não teria tantas idéias, aposto. Na segunda parte, depois que resolve pensar em um culpado que não seja nem uma terceira pessoa, nem você, surgem as neuras em relação a causas externas: atropelamento, sequestro, abdução, crise existencial, crise de identidade, cheque especial, dívidas com o cartão de crédito, problema com o filho, com a mãe, com a ex, com o chefe, com a polícia, com o joanete.
Não existe uma resposta objetiva, tudo pode acontecer. Tem homem que está com sinusite mesmo, desmaiou, foi para o hospital, outros estão amargurados, sem vontade de ver a própria face no espelho, menos ainda de sair para um encontro romântico. É claro que isso existe. E é obvio que existem também, aqueles que deixam as gurias no famoso banho-maria, e os que simplesmente não tem coragem para dizer que não estão a fim e ponto final.
Sou a favor da sinceridade, quando não estou interessada aviso com delicadeza, não enrolo. Ainda acho os homens mais complicados, e sei que eles pensam o mesmo das mulheres. Independente de gênero, em pleno séc. XXI, onde a comunicação é uma aliada, mandar um recado é muito simples e nos poupa de ficar apaixonadas por uma miragem.
* Jornalista, com especialização em Estudos Literários pela Universidade Federal de Juiz de Fora e atualmente finaliza nova especialização em Televisão, Cinema e Mídias Digitais, pela mesma instituição. Colunista do portal www.ubaweb.com/revista.
* Por Sayonara Lino
Encontrei uma amiga que vejo muito pouco e paramos para papear. Na pauta, relacionamento afetivo. Ela questionava o desaparecimento súbito de um namorado recente. Bem recente, duas ou três semanas, ela não sabia ao certo. A história é conhecida: o cara fica de ligar no fim de semana e desaparece. Você formula pelo menos trinta hipóteses, remói, quanto mais deseja não pensar a respeito, mais pensa.
Está com outra, eu escrevi “pobrema” sem querer outro dia no e-mail, vai ver ele teve uma desilusão ortográfico amorosa. Será que me achou muito magra ou caída, nova demais, inculta, imatura, um suor inconveniente incomodou seu olfato? A lista é longa.
Se fosse para desenvolver uma tese de doutorado você não teria tantas idéias, aposto. Na segunda parte, depois que resolve pensar em um culpado que não seja nem uma terceira pessoa, nem você, surgem as neuras em relação a causas externas: atropelamento, sequestro, abdução, crise existencial, crise de identidade, cheque especial, dívidas com o cartão de crédito, problema com o filho, com a mãe, com a ex, com o chefe, com a polícia, com o joanete.
Não existe uma resposta objetiva, tudo pode acontecer. Tem homem que está com sinusite mesmo, desmaiou, foi para o hospital, outros estão amargurados, sem vontade de ver a própria face no espelho, menos ainda de sair para um encontro romântico. É claro que isso existe. E é obvio que existem também, aqueles que deixam as gurias no famoso banho-maria, e os que simplesmente não tem coragem para dizer que não estão a fim e ponto final.
Sou a favor da sinceridade, quando não estou interessada aviso com delicadeza, não enrolo. Ainda acho os homens mais complicados, e sei que eles pensam o mesmo das mulheres. Independente de gênero, em pleno séc. XXI, onde a comunicação é uma aliada, mandar um recado é muito simples e nos poupa de ficar apaixonadas por uma miragem.
* Jornalista, com especialização em Estudos Literários pela Universidade Federal de Juiz de Fora e atualmente finaliza nova especialização em Televisão, Cinema e Mídias Digitais, pela mesma instituição. Colunista do portal www.ubaweb.com/revista.
Onde assino?
ResponderExcluirQuando eu desmanchava meus namoros, chamavam-me
de insensível, que devia dar aos rapazes pelo menos uma chance.
Preferi levar a fama de má, do que ser hipócrita e encher os "pobres" namorados de chifres.
Parabéns Sayonara.
beijos
Oi, Núbia! Esse tema é delicado! rsss Optar pela honestidade é omelhor caminho, acredito! Obrigada pela leitura! Beijos!
ResponderExcluirUma pancada bem aplicada na cabeça mata-nos, porém evita ilusões e maior perda de tempo. Todas e cada uma de nós não precisa estudar não. Temos doutorado nessa temática do fim de um amor, de que lado estivermos, seja de quem finaliza ou de quem recebe o cartão vermelho, este nem sempre inesperado. Analisar o fim de um amor ou ler sobre ele é bom. E você, Sayonara, simplificou a tese, esclareceu e fez bonito.
ResponderExcluirOi, Mara! Na prática vamos aprendendo a lidar com as alegrias e decepções referentes aos relacionamentos amorosos. Obrigada por passar por aqui! Abraço!
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