Nunca
diga nunca a uma mulher
*
Por Cláudia Magnólia
Nunca
diga nunca!. Essa é a mais pura verdade. Sobretudo, nunca diga nunca
a um batom vermelho que te faz sentir poderosa. Mesmo que encontre
alguns olhares do tipo: “acho que você exagerou, fia”. Não se
importe. Tá se sentindo linda? Use e abuse. A boca é sua. O batom é
seu. E a dona da porra toda é você!
Nunca diga nunca para o biquíni pequenininho que chama a atenção para o seu “popozão”, mesmo que ele esteja cheio de furinhos. Se alguma opinião que você nem pediu rolar, diz que tu é gostosa em braile e que tá amarrada no modelito. Não deixa de usar calça coladinha por aí ou um vestido justo e curto porque você é a gordinha da turma. Não alise seu cabelo crespo porque há um bando de preconceituosos que não entendem de nada, apenas de preconceito. Mas, também, se seu cabelo é cacheado e você quer alisar porque ele dá menos trabalho de cuidar ou porque você se acha mais bonita assim, alisa! Se vai te ajudar a ser mais feliz, vai lá e faz!
Não
diga nunca a uma roupa tomara-que-caia porque seu peito é pequeno ou
àquele decote porque tem peitão (ai que inveja!!). Não faça sua
sobrancelha se você gosta dela do jeito que é, nem se depile se não
tiver afim. Não use maquiagem se você se sentir artificial. Não
tenha vergonha de levantar seu braço só porque, com uso contínuo
de depilação, suas axilas escureceram. É a melanina poderosa que
você carrega no sangue, mãe! Que maravilha!
O
que mais importa nessa vida é a gente se sentir bem com a gente
mesmo. É difícil. A maioria de nós está longe de seguir os
padrões. Quantas vestimos 36? Pele sem espinhas? Cabelos brilhosos,
fortes e sedosos todos os dias…me mostra? Mas mulheres reais, com
celulites, estrias, gordurinhas e uma série de coisas que, no dia a
dia, não se esconde com photoshop, nem com filtros das redes
sociais, são inúmeras por aí. Então, vamos deixar de neura e
assumir a beleza de ser quem a gente é. Com nossos defeitos, nossas
imperfeições, mas com toda a nossa coragem de amar a mulher
maravilhosa que lutamos para ser todos os dias.
(*)
Jornalista
que nas horas vagas brinca de escrever histórias. Revisa textos,
elabora pautas, escreve reportagens para um jornal online e publica
textos periodicamente em seu blog: http://pormeg.blogspot.com/
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