sábado, 7 de abril de 2018

Nunca diga nunca a uma mulher - Cláudia Magnólia


Nunca diga nunca a uma mulher



* Por Cláudia Magnólia


Nunca diga nunca!. Essa é a mais pura verdade. Sobretudo, nunca diga nunca a um batom vermelho que te faz sentir poderosa. Mesmo que encontre alguns olhares do tipo: “acho que você exagerou, fia”. Não se importe. Tá se sentindo linda? Use e abuse. A boca é sua. O batom é seu. E a dona da porra toda é você!

Nunca diga nunca para o biquíni pequenininho que chama a atenção para o seu “popozão”, mesmo que ele esteja cheio de furinhos. Se alguma opinião que você nem pediu rolar, diz que tu é gostosa em braile e que tá amarrada no modelito. Não deixa de usar calça coladinha por aí ou um vestido justo e curto porque você é a gordinha da turma. Não alise seu cabelo crespo porque há um bando de preconceituosos que não entendem de nada, apenas de preconceito. Mas, também, se seu cabelo é cacheado e você quer alisar porque ele dá menos trabalho de cuidar ou porque você se acha mais bonita assim, alisa! Se vai te ajudar a ser mais feliz, vai lá e faz!
Não diga nunca a uma roupa tomara-que-caia porque seu peito é pequeno ou àquele decote porque tem peitão (ai que inveja!!). Não faça sua sobrancelha se você gosta dela do jeito que é, nem se depile se não tiver afim. Não use maquiagem se você se sentir artificial. Não tenha vergonha de levantar seu braço só porque, com uso contínuo de depilação, suas axilas escureceram. É a melanina poderosa que você carrega no sangue, mãe! Que maravilha!
O que mais importa nessa vida é a gente se sentir bem com a gente mesmo. É difícil. A maioria de nós está longe de seguir os padrões. Quantas vestimos 36? Pele sem espinhas? Cabelos brilhosos, fortes e sedosos todos os dias…me mostra? Mas mulheres reais, com celulites, estrias, gordurinhas e uma série de coisas que, no dia a dia, não se esconde com photoshop, nem com filtros das redes sociais, são inúmeras por aí. Então, vamos deixar de neura e assumir a beleza de ser quem a gente é. Com nossos defeitos, nossas imperfeições, mas com toda a nossa coragem de amar a mulher maravilhosa que lutamos para ser todos os dias.

 (*) Jornalista que nas horas vagas brinca de escrever histórias. Revisa textos, elabora pautas, escreve reportagens para um jornal online e publica textos periodicamente em seu blog: http://pormeg.blogspot.com/
 


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