Carrossel
* Por Pedro J. Bondaczuk
Tédio...
O
Bonde Esperança passou...
O
menino grande ficou
sem
ter destino.
Tédio...
Estrelas
azuis sorriem
e
pálidas luas contemplam
a
negritude da alma
do
menino.
Tédio...
Rouxinóis
incolores,
flores
pretas,
bondes
brancos...
Tédio...vagar...tristeza...
Morreu a estrela do mar
que
fez o menino chorar.
Campos
roxos,
campas
brancas,
sorrisos
frouxos,
tristezas
francas.
Globo
girante,
carrossel
gigante
que
não pára,
mas
sempre volta.
O
menino tirou
no
carbono do sonho
uma
cópia da vida.
Tédio...
O
Bonde Esperança passou
e
deixou o menino
sem
seu destino...
(Poema composto em São
Caetano do Sul, em 7 de fevereiro de 1964 e publicado na "Gazeta
do Rio Pardo" em 15 de setembro de 1968).
*
Jornalista, radialista e escritor. Trabalhou na Rádio Educadora de
Campinas (atual Bandeirantes Campinas), em 1981 e 1982. Foi editor do
Diário do Povo e do Correio Popular onde, entre outras funções,
foi crítico de arte. Em equipe, ganhou o Prêmio Esso de 1997, no
Correio Popular. Autor dos livros “Por uma nova utopia” (ensaios
políticos) e “Quadros de Natal” (contos), além de “Lance
Fatal” (contos), “Cronos & Narciso” (crônicas),
“Antologia” – maio de 1991 a maio de 1996. Publicações da
Academia Campinense de Letras nº 49 (edição comemorativa do 40º
aniversário), página 74 e “Antologia” – maio de 1996 a maio
de 2001. Publicações da Academia Campinense de Letras nº 53,
página 54. Blog “O Escrevinhador” –
http://pedrobondaczuk.blogspot.com. Twitter:@bondaczuk
Que interessante lembrar do papel carbono, de uma cópia. Hoje, você sabe, a multiplicação das imagens é infinita.
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