Enquanto seu lobo não vem
* Por Paulo José Cunha
Sigamos juntos, vamos de mãos dadas
Que apesar das noites, restam as madrugadas.
Sigamos de mãos dadas, vamos
Para algum lugar, longe daqui, sigamos.
Pois mesmo que o caminho seja escuro,
os muros sejam altos, e as arestas, afiadas
alguma luz se infiltrará nas frestas
e algo muito puro, que não sei o nome,
circulará por entre as mãos entrelaçadas
Vamos pela noite sem deixar pegadas
que a morte é certa; a vida, curta; e o mundo, enorme.
Me dá tua mão, sigamos juntos, vamos
que a rua está deserta e o monstro dorme.
·
Poeta, jornalista, professor e documentarista
piauiense, autor dos livros “Salto sem trapézio”, “Perfume de resedá”,
“Vermelho, um pessoal garantido” e “Caprichoso, a terra do azul”.
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