Mais lúcido do que nunca
* Por
Eduardo Oliveira Freire
Relembrando de alguns
episódios da minha vida, fico vermelho de vergonha. Como em um dia, tinha
acabado de escrever um texto e queria mostrar para meus colegas, sentindo-me O
ESCRITOR.
Quando lia, ninguém
deu bola e fiquei chateado na época. Hoje, percebo que fui imaturo. Não preciso
fazer nada para ter aprovação dos outros. Continuo a escrever mesmo que ninguém
leia.
Farei vários contos e
romances que nunca existirão, pois não serão lidos. Serei o escritor de obras
não lidas. Agora, com licença, vou á minha noite de autógrafos.
O espaço está vazio e
só estão as pessoas do bufê. Olham-me com pena, mas estou feliz de publicar meu
livro, mesmo que eu esteja sozinho no lançamento.
A noite está mágica e
a lua parece que sorri para mim. Quando tudo terminar, deixarei os exemplares
por aí e se uma pessoa ler, ficarei contente.
Não quero mais nada.
Posso não ser um escritor, porém, escrever é minha segunda respiração e se
parar, irei me tornar um morto vivo. Ouvi um garçom do bufê dizer que sou louco
por ter oferecido um exemplar do meu
livro, discordo. Estou mais lúcido que nunca!
*
Formado em Ciências Sociais, especialização em Jornalismo cultural e aspirante
a escritor - http://cronicas-ideias.blogspot.com.br/
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