Poema
do flanar
* Por Talis Andrade
Vamos
flanar
pelo
azul,
o
azul do mar,
o
azul do céu.
Vamos
flanar
pelos
verdes canaviais
e
amarelos campos
de
girassóis.
Vamos
flanar
de
rua em rua,
de
praça em praça,
na
cheirosa grama,
nos
macios lençóis.
Vamos
flanar
com
os pássaros,
saltar
de flor em flor,
beber
da água da fonte,
beber
da poesia
e,
embriagados
de
perfume
e
vinho,
escrever
teu nome
nas
árvores,
nas
nuvens,
nas
estrelas.
Escrever
teu nome
nas
areias do rio,
nas
areias do mar.
Escrever
teu nome
nas
dunas
onde
você,
languidamente,
se
deita.
Você
fecha
os
olhos,
e
vou escrevendo
bem
de leve
no
teu corpo,
com
a ponta
do
dedo,
palavras
de carinho
que
tua pele,
em
arrepios de desejos,
vai
lendo
devagarzinho.
(Do livro
“Romance do Emparedado”, Editora Livro Rápido – Olinda/PE).
[
* Jornalista, poeta, professor de Jornalismo e
Relações Públicas e bacharel em História. Trabalhou em vários dos grandes
jornais do Nordeste, como a sucursal pernambucana do “Diário da Noite”, “Jornal
do Comércio” (Recife), “Jornal da Semana” (Recife) e “A República” (Natal). Tem
11 livros publicados, entre os quais o recém-lançado “Cavalos da Miragem”
(Editora Livro Rápido).
Um encantamento sedutor, erótico, mágico.
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