Acalanto
* Por
Guilherme de Almeida
Dorme! Sobre o teu sono há um pensamento
vindo na asa de fuga do momento!
Mandaste o olhar para não sei que exílios.
Nem o peso da luz pesa em teus cílios.
O ponteiro parou contra o quadrante
seu dedo de silêncio vigilante.
Dorme! Há outros sonos estirados pelas
sombras, no acampamento das estrelas.
Dorme a noite da flor! Sonha a meu lado,
rosa dormida à beira de um pecado.
*
Advogado, jornalista, heraldista, crítico de cinema, poeta, ensaísta e tradutor,
membro da Academia Brasileira de Letras.
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