* Por Suzana
Vargas
Não
só digo adeus
aos teus dois quartos
a sala ampla
a uma rede sonhada na janela
aos teus dois quartos
a sala ampla
a uma rede sonhada na janela
Digo
adeus aos teus cheiros
a estas baratas
que vez por outra te rondaram.
a estas baratas
que vez por outra te rondaram.
Campainhas,
telefones,
brigas e remédios ficarão para trás
além dos sustos.
brigas e remédios ficarão para trás
além dos sustos.
E
digo adeus aos fantasmas
que te cercam
Também aos teus arbustos.
que te cercam
Também aos teus arbustos.
E
quando uma volta na chave
te fizer silêncio
Digo adeus aos teus ruídos
peregrinos
ecos
te fizer silêncio
Digo adeus aos teus ruídos
peregrinos
ecos
Movimentos
mais amenos
do tempo.
do tempo.
*
Poetisa gaúcha, radicada no Rio de Janeiro, autora de literatura infantil e
ensaísta. Tem 16 livros publicados, entre os quais “Sombras chinesas” ,
“Caderno de Outono” (indicado ao Prêmio Jabuti) e “O amor é vermelho”.
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