sexta-feira, 10 de abril de 2015

A busca


* Por Carmo Vasconcelos


No denso bosque do meu pensamento
Procuro o verbo genial, profundo
Que jaz adormecido em esquecimento
Como uma pedra nobre em poço fundo

Anseio aquela ideia preciosa
Que há-de tecer poema de cetim
Qual leve e subtil colcha sedosa
Urdida em tear de oiro e marfim

Mas busco-a a sós comigo e silente
Pois sei que se atrapalha receosa
Se encontra plo caminho sons e gente

E é na calma noite misteriosa
Que ela vem possuir-me amorosa
Despindo-se de versos lentamente


* Poetisa portuguesa

Um comentário: