segunda-feira, 9 de setembro de 2013

Mundo fictício e real

* Por Roberto Corrêa

Não temos a pretensão de discorrer em algumas linhas sobre tudo que seja fictício e real neste mundo em que nos encontramos vivos. Aliás, o mistério da vida é fabuloso e só conheceremos a verdade na eternidade, ou seja, quando morrermos. Enquanto isto, temos de nos conformar com parcas elucubrações, pois o tempo todo em que permanecemos acordados elas não param de perpassar pelas mentes do ser humano, em busca permanente da felicidade.

Nessa incessante perquirição misturamos frequentemente ficção com realidade, daí porque precisamos parar muitas vezes para nos libertarmos das fantasias e sonhos que nos ocorrem. Tais fantasias e sonhos se impregnam de realidades vindouras otimistas – sempre bem vindas – mas também de pessimistas e sofridas. Daí porque temos de nos esforçar para nos libertar das últimas, para não cairmos em depressão e precisarmos da ajuda de terceiros (médicos, psicólogos).

Nos velhos tempos (décadas de 40/50), os católicos se valiam das confissões, onde relatando seus pecados, aproveitavam para serem aconselhados, direcionados, evitando as doenças depressivas. Hoje, no salve-se quem puder, podem-se descobrir livros de encorajamento, consultas à internet (sites e Google), inclusive valer-se de contínuas orações à Divina Misericórdia para enfrentar o dia a dia.

Há um certo desconforto ou insatisfação entre o mundo fictício e o real por questões “metodológicas” ou seja, querem realizar planos ou projetos partindo do todo para a parte, quando o correto, data vênia, seria partir da parte para o todo.

Explico melhor: sonhos e ambicionados objetivos que os indivíduos trazem em si, como razões do próprio viver devem ser facilitados ao máximo e não se apresentarem como inatingíveis, motivando angústias e tristezas.

A sociedade em suas fracativas realizações costuma apenas dourar tais objetivos como conquista “globalizada”, a ser alcançado algum dia (que na verdade não chega nunca). Temos de nos acostumar com a lentidão dos dias com espera e expectativa dos tempos que terão de vir, razão pela qual, mais uma vez precisamos nos recorrer à fé que o Cristianismo nos oferece através dos seus ensinamentos.

* Roberto Corrêa é sócio do Instituto dos Advogados de São Paulo, da Academia Campineira de Letras e Artes, do Instituto Histórico, Geográfico e Genealógico, de Campinas, e de clubes cívicos e culturais, também de Campinas. Formou-se pela Faculdade Paulista de Direito da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Fez pós-graduação em Direito Civil pela USP e se aposentou como Procurador do Estado. É autor de alguns livros, entre eles "Caminhos da Paz", "Direito Poético", "Vencendo Obstáculos", "Subjugar a Violência”, Breve Catálogo de Cultura e Curiosidades, O Homem Só.



Nenhum comentário:

Postar um comentário