Laura
* Por
Eduardo Oliveira Freire
Olha através do espelho a tatuagem, um nebuloso labirinto de galhos e
raízes em suas costas.
Lembrou-se que estava no metrô e não pensava nada importante, quando um homem apareceu de repente e lhe disse: - Faz tempo que a procuro.-. Laura não teve medo e começaram a conversar. Ele parecia ser tão culto, sentia-se envergonhada de não conseguir acompanhar a sabedoria dele.
Lembrou-se que estava no metrô e não pensava nada importante, quando um homem apareceu de repente e lhe disse: - Faz tempo que a procuro.-. Laura não teve medo e começaram a conversar. Ele parecia ser tão culto, sentia-se envergonhada de não conseguir acompanhar a sabedoria dele.
Caminhavam pela cidade através dos olhos dele. Laura tinha a impressão
que visitava outra cidade e não a que sempre vivera.
Em fração de segundos, tudo ficou em silêncio e o homem misterioso a
beijou. Ela viajou para outros mundos de que nunca tivera conhecimento. A
tatuagem, através dos lábios dele, adentrava no corpo de Laura.
Percebeu-se outra vez no metrô. Estava cansada, como se retornasse de
uma longa jornada...
***
O homem misterioso caminhava feliz pela rua. Sentia o prazer de estar
vazio.
Com o passar do tempo, ficou cansado de tanto saber.
* Eduardo Oliveira Freire
é formado em Ciências Sociais pela Universidade Federal Fluminense, com
Pós Graduação em Jornalismo Cultural na Estácio de Sá e é aspirante a escritor
Seus contos dão nó na racionalidade. Misturam o real com o fantástico, dão um pouco de medo, abstraem e divertem. Impossível saber qual vai ser a próxima palavra, ou mesmo assunto.
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