

Poema para a Morte
* Por Wanda Cristina da Cunha e Silva
Não adianta, Morte,
encheres a varanda de vazios,
desarrumares o cheiro de terra molhada
que vem dos sonhos das Cristinas.
Não adianta, mesmo
mudares os meus versos,
soprando ventos frios
no meu peito.
Eu sei que os 18 anos
que Tereza deixou
esperaram os meus
que já não são.
Mas, mesmo assim,
não adianta encheres de procura
tudo que encontramos,
na busca de Tereza.
Não adianta, Morte,
labirintares a nossa espera,
porque amanhã, quando Tereza voltar,
rindo o seu riso, os nossos risos,
tu serás, apenas, uma lembrança
da brincadeira de Tereza.
* Jornalista, escritora, poetisa e professora maranhense, autora dos livros “Uma cédula de amor no meu salário” (poesias), “Engraxam-se sorrisos” (crônicas), “Rede de arame” (poesias), "Geofagia ruminante no sótão da preamar” (poesias) e “Flor de Marias no buquê de costelas” (antologia poética).
* Por Wanda Cristina da Cunha e Silva
Não adianta, Morte,
encheres a varanda de vazios,
desarrumares o cheiro de terra molhada
que vem dos sonhos das Cristinas.
Não adianta, mesmo
mudares os meus versos,
soprando ventos frios
no meu peito.
Eu sei que os 18 anos
que Tereza deixou
esperaram os meus
que já não são.
Mas, mesmo assim,
não adianta encheres de procura
tudo que encontramos,
na busca de Tereza.
Não adianta, Morte,
labirintares a nossa espera,
porque amanhã, quando Tereza voltar,
rindo o seu riso, os nossos risos,
tu serás, apenas, uma lembrança
da brincadeira de Tereza.
* Jornalista, escritora, poetisa e professora maranhense, autora dos livros “Uma cédula de amor no meu salário” (poesias), “Engraxam-se sorrisos” (crônicas), “Rede de arame” (poesias), "Geofagia ruminante no sótão da preamar” (poesias) e “Flor de Marias no buquê de costelas” (antologia poética).
Espetacular. É talento demais!
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